Posted by : Francisco Geo sábado, 5 de junho de 2010

Prof. Francisco


A superfície brasileira é constituída basicamente por três estruturas geológicas: escudos cristalinos, bacias sedimentares e terrenos vulcânicos.

• Escudos cristalinos: são áreas cuja superfície se constituiu no Pré-Cambriano, essa estrutura geológica abrange aproximadamente 36% do território brasileiro. Nas regiões que se formaram no Arqueano (o qual ocupa cerca de 32% do país) existem diversos tipos de rochas, com destaque para o granito. Em terrenos formados no Proterozóico, são encontradas rochas metamórficas, onde se forma minerais como ferro e manganês.

• Bacias sedimentares: estrutura geológica de formação mais recente, que abrange pelo menos 58% do país. Em regiões onde o terreno se formou na era Paleozóica, existem jazidas carboníferas. Em terrenos formados na era Mesozóica, existem jazidas petrolíferas. Em áreas da era Cenozóica ocorre um intenso processo de sedimentação, correspondem às planícies.

• Terrenos vulcânicos: esse tipo de estrutura ocupa somente 8% do território nacional, isso acontece por ser uma formação mais rara. Tais terrenos foram submetidos a derrames vulcânicos, as lavas deram origem a rochas, como o basalto e o diabásio, o primeiro é responsável pela formação dos solos mais férteis do Brasil, a “terra roxa”.

O Relevo Brasileiro

Classificações
O relevo do Brasil tem formação antiga e atualmente existem várias classificações para o mesmo. Entre elas, destacam-se as dos seguintes professores:

• Aroldo de Azevedo - esta classificação data de 1940, sendo a mais tradicional. Ela considera principalmente o nível altimétrico para determinar o que é um planalto ou uma planície.

• Aziz Nacib Ab'Saber - criada em 1958, esta classificação despreza o nível altimétrico, priorizando os processos geomorfológicos, ou seja, a erosão e a sedimentação. Assim, o professor considera planalto como uma superfície na qual predomina o processo de desgaste, enquanto planície é considerada uma área de sedimentação.

• Jurandyr Ross - é a classificação mais recente, criada em 1995. Baseia-se no projeto Radambrasil, um levantamento feito entre 1970 e 1985, onde foram tiradas fotos aéreas da superfície do território brasileiro, por meio de um sofisticado radar. Jurandyr também utiliza os processos geomorfológicos para elaborar sua classificação, destacando três formas principais de relevo:
1) Planaltos
2) Planícies
3) Depressões
Segundo essa classificação, planalto é uma superfície irregular, com altitude acima de 300 metros e produto de erosão. Planície é uma área plana, formada pelo acúmulo recente de sedimentos. Por fim, depressão é uma superfície entre 100 e 500 metros de altitude, com inclinação suave, mais plana que o planalto e formada por processo de erosão. A figura a seguir mostra essa representação do relevo brasileiro.


Climas no Brasil
No Brasil predomina climas quentes e úmidos, por possuir maior parte do seu território na zona intertropical.

Equatorial
É um clima quente e úmido, que fica ao redor da linha do Equador. As chuvas são abundantes e maior parte de convecção.
Este tipo de clima fica na região Norte do Brasil.
Com temperaturas que variam de 24°C a 27°C.
Nessa região o índice pluviométrico é de 2000mm por ano.




Tropical úmido
Se situa na costa leste do Brasil, desde o Rio Grande do Norte até São Paulo.
No inverno se formam frentes frias e em alguns dias a temperatura fica baixa.
As chuvas ocorrem no verão, apenas no litoral nordeste que chove mais no inverno.
É um clima quente e úmido, apesar das “ondas de frios” que ocorrem as vezes.


Tropical típico ou semi-úmido
Este tipo de clima ocorre no região central do Brasil.
As médias de temperatura variam de 20° a 28°C.
Chove por volta de 1500mm por ano.
É um tipo de clima quente e semi-úmido, com chuvas no verão e seco no inverno.

Semi-árido
Ocorre no sertão nordestino. Com chuvas inferiores a 800mm por ano.
É seco e árido, mas não como o deserto.
Tem quatro massas que exercem influencia, duas equatoriais e duas tropicais, que terminam sua trajetória no sertão.

Subtropical
Este tipo de clima se localiza no sul do país até o sul do trópico de Capricórnio.
Tem temperaturas médias nem quentes e nem frias. Com chuvas abundantes e bem distribuídas durante todo o ano.
O verão é bem quente e o inverno é bem frio, em lugares mais altos ocorrem geadas. Em alguns lugares chegou a cair neve, mais é raro.

Chuvas
Chuva é um fenômeno natural através do qual ocorre a precipitação de água em forma de gotas que caem sobre a crosta terrestre. As chuvas são formadas de várias formas, em razão dessa variação, recebem classificações de acordo com suas respectivas características:

Orográficas: esse nome é dado àquelas chuvas que têm sua origem a partir do contato de uma massa de ar úmida com uma área de relevo mais elevado. Desse modo, quando a massa de ar se depara com um obstáculo imposto pelo relevo, ela se eleva e ganha altitude. Com isso, a temperatura do ar tende a cair, promovendo a condensação de água (estado gasoso), daí formam-se as nuvens que logo promovem a chuva.
Convectivas: chuvas que se originam da elevação do ar para maiores altitudes, com isso há o resfriamento do vapor d’ água que promove a condensação das gotículas de água presentes nas nuvens, originando nuvens carregadas que se revertem em chuvas. Esse tipo de chuva tem uma incidência maior em regiões de predominância de clima tropical e equatorial, chamadas de torrenciais, geralmente são rápidas e com a ocorrência de trovões e relâmpagos.

Frontais: chuva proveniente da colisão entre massas de ar de características distintas, por exemplo, massas de ar frio com uma de ar quente. Fato que causa as frentes frias e quentes.

Independentemente da origem das chuvas, as mesmas são fundamentais para as atividades humanas, como a agricultura, além de contribuir para o bom funcionamento do ciclo hidrológico.







MASSAS DE AR





Um dos fatores mais decisivos na caracterização do clima de uma dada região é a atuação das massas de ar, pois “emprestam” suas características ao tempo e ao clima dos lugares por onde circulam. A origem quanto às zonas climáticas determinará a temperatura das massas, assim, as que se formarem na zona polar serão frias e as das zonas tropical e equatorial, serão quentes. Da mesma forma, a origem oceânica ou continental irá determinar sua umidade que poderá, entretanto, variar com o deslocamento da massa por sobre regiões de umidade distinta.




MASSAS QUE ATUAM NO BRASIL
As zonas climáticas brasileiras são ifluenciadas pela atuação de cinco massas de ar:

1. Massa Equatorial Contineltal (mEc)
É uma massa quente e instável originada na Amazônia Ocidental, que atua sobre todas as regiões do país. Apesar de continental é uma massa úmida, em razão da presença de rios caudalosos e da intensa transpiração da massa vegetal da Amazônia, região em que provoca chuvas abundantes e quase diárias, principalmente no verão e no outono. No verão, avança para o interior do país provocando as “chuvas de verão”.
2. Massa Equatorial Atlântica (mEa)
É quente, úmida e originária do Atlântico Norte (próximo à Ilha de Açores). Atua nas regiões litorânes do Norte do Nordeste, principalmente no verão e na primavera, sendo também formadoras dos ventos alísios de nordeste.
3. Massa Tropical Atlântica (mTa)
Origina-se no Oceano Atlântico e atua na faixa litorânea do Nordeste ao Sul do país. Quente e úmida, provoca as chuvas frontais de inverno na região Nordeste a partir do seu enconttro com a Massa Polar Atlântica e as chuvas de relevo nos litorais sul e sudeste, a partir do choque com a Serra do Mar. Também é formadora dos ventos alísios de sudeste.

4. Massa Polar Atlântica (mPa)

Forma-se no Oceano Atlântico sul (próximo à Patagônia), sendo fria e úmida e atuando subretudo no inverno no litoral nordestino (causa chuvas frontais), nos estados sulinos (causa queda de temperatura e geadas) e na Amazônia Ocidental (causa fenômeno da friagem, queda brusca na temperatura).

5. Massa Tropical Continental (mTc)
Originada na Depressão do Chaco, é quente e seca e atua basicamente em sua área de origem, causando longos períodos quentes e secos no sul da região Centro-oeste e no interior das regiões Sul e Sudeste.
Agora vamos pensar: Em dias quentes, à beira-mar, algumas horas depois do amanhecer, pode-se sentir uma brisa agradável vinda do mar. Como podemos explicar isso?
O Sol aquece a água do mar e a terra. Mas a terra esquenta mais rápido que o mar. O calor da terra aquece o ar logo acima dela. Esse ar fica mais quente, menos denso e sobe. A pressão atmosférica nessa região se torna menor do que sobre o mar. Por isso, a massa de ar sobre o mar, mais fria, mais densa e com maior pressão, se desloca, ocupando o lugar do ar que subiu. Então esse ar aquece, e o processo se repete.

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Quem sou eu

Formado pela Universidade Federal Fluminense (UFF)(Licenciatura), Bacharel em Geografia pela Universidade Federal Fluminense (UFF), Curso de extensão em O&M pela Fundação Getúlio Vargas, Pós-graduado em gestão ambiental pela Ferlagos, Professor da rede estadual do Estado do Rio de Janeiro e da rede particular, professor de curso preparatório militar, cursos pré-vestibular.

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