Archive for abril 2019

SEGUNDO ANO - SOCIOLOGIA


Infraestrutura e superestrutura em Marx


Por Cristiano das Neves Bodart


Há diversos conceitos importantes para a compreensão de todo o pensamento de Karl Marx. Iremos aqui destacar dois deles: infraestrutura e superestrutura.
 Ao se dedicar em compreender a organização da sociedade capitalista e sua estrutura social, Marx percebeu que a sociedade poderia ser dividida em infraestrutura e superestrutura. 
Para Marx, a infraestrutura trata-se das forças de produção, compostas pelo conjunto formado pela matéria-prima, pelos meios de produção e pelos próprios trabalhadores (onde se dá as relações de produção: empregados-empregados, patrões-empregados). Trata-se da base econômica da sociedade, onde se dão, segundo Marx, as relações de trabalho; estas marcadas pela exploração da força de trabalho no interior do processo de acumulação capitalista.
As forças produtivas são, em parte, determinadas pelas relações de produção.



- Nos anos 1990 temos como destaques os movimentos sociais camponeses e das ONGs. Com isso observamos uma forma de pressionar o Estado para o atendimento das demandas da sociedade.

- As Organizações Não Governamentais (ONGs) são entidades do Terceiro Setor, ou seja, são da sociedade civil e de caráter privado, cuja função é desenvolver trabalhos sem fins lucrativos.

Muitas delas surgiram para suprir a ausência do Estado em alguns serviços. Os projetos desenvolvidos pelas ONGs são financiados pelas próprias organizações por meio de doação dos sócios, além de algumas receberem apoio de instituições públicas e privadas. 

Seu perfil de atuação estava focado numa dimensão essencialmente políticoorganizativa. A grande dificuldade encontrada pela equipe foi a de construir os indicadores de avaliação da experiência., porque alguns deles não se coadunavam com os focos de intervenção da ONG. 

O fortalecimento do Terceiro Setor demonstra um aumento do comprometimento da sociedade para com a cidadania, formando um ser humano consciente de suas responsabilidades como cidadão global, promovendo trabalhos de interesse público. 

Não se pode negar a importância das ações desenvolvidas pelas organizações do Terceiro Setor no enfrentamento das diferentes manifestações da questão social.

O Terceiro Setor se configurou nos últimos 20 anos dentro de um contexto de avanço do projeto neoliberal caracterizado pela implementação de políticas sociais focalizadas e seletivas.



- A Sociedade Civil é uma expressão que indica o conjunto de organizações e instituições cívicas voluntárias que constituem os alicerces de uma sociedade em funcionamento, em oposição com estruturas que são ajudadas pelo Estado. A Sociedade civil e Estado são dimensões diferentes, porém articuladas, da realidade sociopolítica.


terça-feira, 23 de abril de 2019
Posted by Francisco Geo

TIPOS DE INDÚSTRIAS


Resultado de imagem para TIPOS DE INDÚSTRIAS IMAGENS SEM DIREITOS AUTORAIS- Bens de Produção (indústria de base)
·         Produtos voltados para outras indústrias
Subdivisão:
Bens intermediários: promovem o beneficiamento da matéria-prima.
Exemplos: cimento, tintas, siderúrgicas, etc.
Bens de capital: produzem equipamentos para o processo industrial.
Exemplos: autopeças, maquinário industrial, etc.
- Bens de consumo
·         São produtos voltados para o mercado consumidor final.
São classificados como duráveis: automóveis, eletrodomésticos e etc. Temos também os classificados como não duráveis. Exemplos: sapatos, alimentos, remédios, cosméticos e etc.
- Quanto a tecnologia podemos classificar como de ponta: produtos ou processos modernizados: indústrias de aviões, de satélites de comunicação, de computadores, equipamentos de diagnóstico médico, de telefones celulares, tablets e smartphones.  
Tradicionais que são aqueles produtos ou processos clássicos.
Classificação de Indústrias por tipo de processo:
Industrialização clássica é característica dos países desenvolvidos, ocorrendo ao longo da I Revolução Industrial naqueles que eram considerados os principais centros econômicos e políticos do planeta. Seu início se deu na Inglaterra e se disseminou por outras partes do mundo, como a França, os Estados Unidos e o Japão.
Industrialização planificada ocorreu nos países do antigo “segundo mundo” socialista durante o século XX. Corresponde às economias de estado, como nas repúblicas que integraram a União Soviética, além de China, Cuba e outras nações.
Industrialização tardia ou periférica encontra-se em curso em muitos países e é predominante em economias subdesenvolvidas ou emergentes. Esses países começaram a dinamizar as suas práticas industriais apenas na segunda metade do século XX em diante (alguns deles ainda nem iniciaram esse processo de forma mais intensificada), o que justifica, em partes, o atraso tecnológico por eles vivenciados.

REVOLUÇÔES INDUSTRIAIS
Marcos tecnológicos: produtos / energias / transportes / matérias
Primeira Revolução Industrial:
Século XVIII
Local: Inglaterra
Indústria têxtil
Máquina a vapor
Carvão Mineral
Ferrovias

Surgem novas classes sociais: Burguesia industrial que é a detentora dos meios de produção e o proletariado que detém a força de trabalho.
A relação é assalariada com ausência de leis trabalhistas. Conflitos sociais: Máquina X trabalhadores
Mais-valia: Diferença entre o lucro produzido e o valor pago ao trabalhador

Desemprego estrutural - é aquele gerado pela introdução de novas tecnologias ou de sistemas e processos voltados para a redução de custos.

Exemplos:

- Implantação de robôs no processo de produção industrial.

- Instalação de caixas eletrônicos em agências bancárias.

- Informatização em empresas e órgãos públicos, visando diminuir os processos burocráticos.

- Uso da Internet para serviços bancários, compras online e outros serviços.

- Adoção de processos administrativos eficientes nas empresas, visando otimizar o trabalho e reduzir a mão de obra.

- Introdução de novas tecnologias, que visam a substituição de mão de obra humana por computadores e máquinas automatizadas.

Desemprego conjuntural - é gerado por crises econômicas internas ou externas. Crises econômicas, geralmente, diminuem o consumo, as exportações, a produção e, por consequência de tudo isso, aumenta o desemprego.

Quando a economia de um país se recupera, após o fim de uma crise, o desemprego conjuntural tende a diminuir. No caso do desemprego estrutural, as vagas de emprego fechadas naquelas funções não são mais retomadas.

Transformações ocorridas:

Luta por melhores condições de trabalho (sindicalismo);
Imperialismo/Neocolonialismo: Divisão clássica internacional do trabalho;
Concentração de capital: passagem da “livre concorrência” para o “capitalismo monopolista”.

Observação:
Alguns países da Europa, como a Inglaterra, a França e a Alemanha, por exemplo, ao final do século XIX tiveram uma grande aceleração na industrialização, ascendendo, consequentemente, na concentração de capital. Depois que a Grande Depressão Capitalista entre os anos de 1880 e 1896, as indústrias e empresas começaram a concentrar capital, formando assim grandes monopólios – somente as empresas mais fortes mantiveram-se firmes, e acabaram incorporando as pequenas e mais fracas. Ao terem se formado os monopólios, a concorrência, antes acirrada, ficou mais leve e começaram a surgir, então, os grupos de empresários que tinham interesse em aumentar os seus lucros, mesmo indo contra os consumidores. Esses grupos foram denominados cartéis, trustes e holdings.


  • Cartéis - grupos secretos de empresas que pertencem ao mesmo ramo estabelecem acordos entre si de forma a fixar os preços iguais aos seus produtos. Neste caso, os preços ficam tabelados e acabam com a concorrência entre si, deixando o consumidor no prejuízo, perdendo a possibilidade de procurar por melhores preços.


  • Trustes são grupos formados por proprietários de grandes empresas se fundem – estes já detinham o controle da maior parte do mercado – tornando-se sócios de uma única grande empresa. Com isso, eles terão em suas mãos o controle de grande parte do mercado consumidor. Isso, além de diminuir a concorrência, assim como o cartel, dificulta a pesquisa de preços por parte do consumidor, tornando difícil encontrar preços menores.


  • Holdings surgiram no momento em que os grandes empresários, ao invés de montar suas próprias empresas e indústrias, passaram a comprar ações de empresas do mesmo ramo. Um único empresário controla ações de duas ou três empresas concorrentes com o mesmo produto. Mas se uma única pessoa é dona de duas ou mais empresas que produzem o mesmo produto, a concorrência acaba não existindo


  • Dumping é definido como a venda de bens ou serviços em preços abaixo dos de mercado ou abaixo dos valores dos custos de produção, especialmente por vendedores externos, com a finalidade de eliminar concorrentes e ganhar maiores fatias do mercado.


Segunda Revolução Industrial

Segunda metade do século XIX. Fora da Europa só o Japão e os EUA promovem a sua Revolução Industrial. É marcada pela:
- Indústria automobilística (motor a explosão)
- Uso do petróleo
- energia elétrica
- Imperialismo
- Liberalismo econômico
- Utilização do sistema de linha de produção nas indústrias:

  • Taylorismo enfatiza a eficiência operacional das tarefas realizadas, nas quais se busca extrair o melhor rendimento de cada funcionário. Portanto, é um sistema de racionalização do trabalho concebido em moldes científicos. Desta maneira, cada aspecto do trabalho deve ser estudado e desenvolvido cientificamente. No taylorismo, o trabalhador é monitorado segundo o tempo de produção. Cada indivíduo deve cumprir sua tarefa no menor tempo possível, sendo premiados aqueles que se sobressaem. Isso provoca a exploração do proletário que tem que se “desdobrar” para cumprir o tempo cronometrado.
  • Fordismo é um termo que se refere ao modelo de produção em massa de um produto, ou seja, ao sistema das linhas de produção. O Fordismo foi criado pelo norte-americano Henry Ford, em 1914, revolucionando o mercado automobilístico e industrial da época.


- O objetivo do empresário Henry Ford era criar um método que reduzisse ao máximo os custos de produção da sua fábrica de automóveis, consequentemente barateando os veículos para a venda, atingindo um maior número de consumidores.

Crise de 1929
Antecedente: Primeira Guerra Mundial (Aquecimento do mercado dos EUA)
Crise – recuperação da economia europeia.
Há uma superprodução e um menor consumo.
Gera menos consumo e desemprego.

Keynesianismo
A intervenção do Estado na Economia
Condições sociais boas
EUA – Franklin Roosevelt – New Deal
Estado do Bem-Estar Social / welfare  state
Anos Dourados 1950/1960
Sociedade de Consumo
Transformações:
Investimentos nos setores de telecomunicações
Guerra Fria – Pós segunda guerra mundial
Mundo bipolar
Difusão das transnacionais e das multinacionais

1970 – TERCEIRA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

- Destaque para a economia do Japão e Alemanha
- Indústria de ponta
- Crise do Petróleo 1973 e a segunda em 1979
- Toyotismo – sistema produtivo do modelo pós-fordista:
Processos automatizados
Mão de obra qualificada
Trabalhador multifuncional
Desconcentração industrial – busca de vantagens comparativas, deseconomia das aglomerações, surgimento dos tecnopólos
Fatores de deslocamentos: mão de obra barata, solo urbano barato, leis trabalhistas frágeis, leis ambientais frágeis, incentivos fiscais, infraestrutura como energia, transportes e comunicação, flexibilização dos produtos e da produção, produtos customizados, produção just-in-time.

Fontes: mundo em educação
     


domingo, 14 de abril de 2019
Posted by Francisco Geo

Quem sou eu

Formado pela Universidade Federal Fluminense (UFF)(Licenciatura), Bacharel em Geografia pela Universidade Federal Fluminense (UFF), Curso de extensão em O&M pela Fundação Getúlio Vargas, Pós-graduado em gestão ambiental pela Ferlagos, Professor da rede estadual do Estado do Rio de Janeiro e da rede particular, professor de curso preparatório militar, cursos pré-vestibular.

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