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NOVA ORDEM MUNDIAL


A idéia de ordem mundial tem tido um uso cada vez mais freqüente. Os eventos mundiais dos anos 80 são os responsáveis pelo uso constante da expressão. É bom começar lembrando que essa idéia sempre esteve mais ligada à dimensão política das relações entre os países. É no quadro da idéia de ordem mundial que se abordava o confronto, que muitos consideram o mais importante do século, capitalismo x socialismo, além dos conflitos bélicos (guerras) e das relações de poder entre as nações.

As decisões políticas, contando também com as forças das armas, seriam as principais responsáveis por uma dada ordem mundial, superiores nesse caso aos fatos econômicos. Assim, seriam os Estados nacionais mais poderosos (como os EUA e a URSS) os atores fundamentais dessa ordem. Suas atitudes refletiriam mais do que simplesmente a defesa de interesses materiais de cada um. Corresponderiam à defesa de visões diferentes de mundo, em todos os planos da vida social.

A idéia de ordem mundial tem sua validade. Seu principal mérito é o de incluir a política (as relações de poder, as guerras) como elemento de entendimento do mundo moderno e de sua diferenciação regional. Porém, atualmente, baseada na idéia mundial, surge em contrapartida a idéia de “desordem” mundial, que refletiria de forma mais justa o final do Século XX. Afinal, a ordem mundial baseava-se no equilíbrio de forças das duas potências mundiais e esse equilíbrio não existe mais. Assim, pelo menos transitoriamente, estamos numa situação de desordem, em que estaria sendo gestada uma nova ordem mundial.

Estaríamos de fato vivendo essa situação? Eis mais uma resposta que não pode ser simplificada. Mas alguns acontecimentos recentes contribuem para se pensar na questão.

Por ocasião da Guerra do Golfo, ocorrida no inicio de 1991, a ousadia de Saddam Hussein estaria ameaçando a ordem mundial e não foi longe de seu intento, já que feria interesses ocidentais.

Desse modo, parece ter havido uma mudança de atores, sem que o roteiro (nesse caso a ordem mundial) tenha apresentado mudanças significativas. Mas o número de atores (países) que se envolveram em questões de âmbito internacional, a partir dessa Guerra, aumentou consideravelmente, demonstrando que, daí em diante, as decisões passariam por outras esferas, que não só a soviética e a estadunidense.

A nova ordem internacional parece caminhar para uma divisão do mundo em três grandes áreas sob hegemonia da tríade formada por Estados Unidos, Japão e Comunidade Econômica Européia. Segundo o FMI, em 1980 esse conjunto de países era responsável por 50% do total dos investimentos mundiais diretos; hoje eles controlam 81% destes investimentos. Observados os investimentos regionais, verifica-se que cada membro da Tríade investe mais nos países que compõem sua área de hegemonia. Na América Latina, 61% dos investimentos foram realizados pelos Estados Unidos. Na Ásia, 52% pelo Japão e, no Leste Europeu, 64 % pela UE.


MUNDO DOS BLOCOS/ OS BLOCOS ECONÔMICOS

A formação de blocos econômicos não é um fenômeno que surgiu do nada. Principalmente após a Segunda Guerra Mundial, muitos organismos internacionais (entre nações) vêm sendo articulados, com o objetivo de aumentar os mercados e os laços de cooperação econômica entre os países membros.

Alguns exemplos podem ser citados:

• CEAO (Comunidade Econômica da África Ocidental), formado por Benin, Costa do Marfim, Mali, Mauritânia, Níger, Senegal, Burkina Faso;

• BENELUX Associação que reproduz o nome de seus componentes: Bélgica, Holanda e Luxemburgo;
• ASEAN (Associação das Nações do Sudeste Asiático), cujos os membros são: Cingapura, Filipinas, Indonésia, Malaísia e Tailândia;

•AELC (Associação Européia de Livre Comércio), que reúne Áustria, Finlândia, Islândia, Noruega, Suécia e Suíça;
•ALADI (Associação Latino-americana de desenvolvimento e Intercâmbio), cujos os membros são Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, México, Paraguai, Uruguai e Venezuela;
•APEC (Associação de Cooperação econômica da Ásia e do Pacífico), que reúne EUA, Canadá, México, Chile, Japão, china, Tigres Asiáticos, Austrália, Nova Zelândia, Brunei e países da ASEAN.

Esses são organismos regionais. As formas de cooperação em cada um dessas organizações e a intensidade de relacionamento entre seus membros variam muito. Algumas delas só existem no papel, outras já expiraram com o tempo.

Formalmente trabalham para ampliar a cooperação no futuro, mas pouco realizam atualmente. É o caso, por exemplo, da ALADI, instituída em 1960.

Porém foi no interior da ALADI que se gestou algo que se apresenta muito promissor: é o MERCOSUL, integrado por Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. Visa constituir-se em um mercado comum, com a queda de barreiras alfandegárias e a livre circulação de mercadorias, capitais e trabalhadores.

Foi na Europa que concretamente esses esforços de cooperação regional vingaram. Já havia algum tempo funcionava o BENELUX. Posteriormente o MCE – Mercado Comum Europeu, que preparou a atual UE – União Européia. Em 1957 foi firmado o tratado de Roma, que fecundou a idéia de unificação européia no então MCE. Outro organismo poderoso que foi criado é o NAFTA – North American Free Trading Association –, o mercado comum norte-americano, como veremos a seguir.
sábado, 6 de novembro de 2010
Posted by Francisco Geo

A NOVA ORDEM INTERNACIONAL





Quando o “Modelo Socialista Soviético” se vira esgotado, após as mudanças estruturais promovidas por Gorbatchev e continuadas pelos diversos novos países adentrados no Sistema de Mercado, acreditou-se, a princípio num aumento da hegemonia dos EUA. Posteriormente, viu-se que o “modelo” de dominação com base no uso de força militar, empregado em grande volume pelos EUA, não estava lhe rendendo os resultados políticos esperados. Bem ao contrário disso, criava-se um certo antagonismo aos métodos truculentos estadunidenses e ressurgiam potências adormecidas diplomaticamente por todo o período de Guerra Fria. Pode-se notar o fim da bipolaridade mundial (EUA x URSS) e o surgimento da multipolarização das decisões.

O fim do mundo bipolarizado da Guerra Fria não significou a eliminação automática dos conflitos e atritos internacionais. Hoje esse confronto se reveste de um conteúdo muito mais econômico-comercial do que político-ideológico.

Com isso, podemos afirmar claramente que o mundo substituiu um tipo de “guerra” por outro.

Entretanto, embora se dê a entender que este tipo atual é menos maléfico do que o primeiro, trata-se apenas de ilusão, pois os efeitos catastróficos sobre os países pobres pioram, principalmente por causa das “novas” regras “mundializadas”, que expuseram as nações de economias frágeis à perversidade dos interesses individuais dos grandes empresários e donos do capital de financiamento internacional, que geram crises, miséria, desemprego e violência de compatriotas, “simplesmente” para defenderem os seus investimentos e lucros.

Nesse estágio do desenvolvimento produtivo, em que predomina a internacionalização do capital, consolida-se a interdependência crescente das grandes transnacionais, ultrapassando suas fronteiras de origem e colocando as questões nacionais em segundo plano. Os interesses dos Estados ficam, mais do que nunca, atrelados aos interesses do capital internacional.

O fim do Século XX será lembrado como um período de muitas transformações no mundo. Elas impressionaram pela forma inesperada e veloz com que ocorreram e pela divulgação que tiveram. Isso aumentou as incertezas sobre a ordem mundial em que vivemos. Afirma-se com freqüência que o planeta atravessa, agora, uma “desordem” mundial. Vários livros didáticos e atlas geográficos sofreram reformas para atualizar suas análises e descrições e seus mapas. No entanto, essa tarefa de acompanhamento parece inglória, já que nada indique qualquer tipo de estabilidade no nosso conturbado planeta. Algumas questões imediatamente se impõem. Essa insegurança se justifica? Os fatos que se precipitaram apontam rupturas radicais? Acreditamos que a discussão exige que trilhemos outros caminhos. Não será o caso de repensarmos os próprios métodos de análise até aqui utilizados? Afinal eles, em geral, se mostram incompatíveis com os rumos dos acontecimentos. O maior exemplo era a crença na existência de uma sólida ordem mundial, sustentada na oposição entre socialismo e capitalismo. Crença essa que se mostrou, com rapidez incrível, ser infundada.



Há quanto tempo são usadas as mesmas classificações sobre a organização ou regionalização dos espaços internacionalizados – capitalismo x socialismo; países desenvolvidos e subdesenvolvidos; Primeiro Mundo, Segundo Mundo e Terceiro Mundo; centro e periferia; divisão internacional do trabalho; ordem mundial e outras mais – sem que se questione seus fundamentos?
Posted by Francisco Geo
Informação

Atenção jovens adolescentes das turmas 2001/2002 do Sagrado Coração de Jesus


Parte da matéria do quarto bimestre.

Leia com atenção.


segunda-feira, 18 de outubro de 2010
Posted by Francisco Geo

FONTES DE ENERGIA E SUA PRODUÇÃO MUNDIAL

Resumo: este tutorial mostrará como o homem descobriu novas fontes de energia que hoje são bem usadas em todo o nosso cotidiano. Quais são as principais fontes de energia? E como elas influem na economia de um país?

GEOPOLITICA E ESTRATÉGIA

Qualquer tipo de trabalho que realizamos gastamos energia, uma energia que é limitada pelos nossos dotes físicos. Assim, o homem desde a antiguidade, até os nossos dias tem procurado novas fontes de energia para realizar suas tarefas diárias. No começo, usava-se apenas a força de animais para transportar mercadorias ou arar a terra. Mas, com o tempo, os progressos técnicos foram avançando e novas fontes de energia foram sendo descobertas, tornando o trabalho humano mais eficiente.

Desde a revolução Industrial, quando houve a entrada das maquinas, o trabalho humano vem se tornando cada vez necessário. Quando uma maquina é aperfeiçoada, a produtividade aumenta e, como, hoje em dia, a energia já não é mais tão barata como antes, o homem tem se preocupado com as formas de economiza-la. Desde a Segunda Guerra Mundial o consumo vem aumentando sem parar, e o desenvolvimento tecnológico busca meios de economizar os meios de produzir e transportar mercadorias.

O consumo de energia está intimamente relacionado com a qualidade de vida do país. Em países desenvolvidos o consumo é maior, devido ao grau de industrialização e o nível de consumo residencial em aparelhos domésticos.

O setor energético quase sempre é controlado pelo Estado, através de política de planejamento da produção, concessão de exploração de grupos privados ou intervenção direta na produção da atração de empresas estatais.

O setor energético está inserido diretamente na geopolítica e economia de um país. Qualquer aumento nos custos ou problemas na produção de energia afeta todas as atividades desenvolvidas no país. A produção industrial, os sistemas de transportes, de segurança, de saúde, de educação, lazer, comercio, agricultura dependem de energia, por isso a falta dela, afeta todo o país.

A energia gasta na produção industrial é necessariamente um fator que pode tomar a mercadoria mais ou menos competitiva no comércio internacional. Assim, qualquer nação almeja atingir a auto-suficiência e baixos custos na produção de energia, para que as atividades econômicas não sejam afetadas pelas oscilações de preço de mercado internacional e nem dependam de boa vontade de terceiros para o fornecimento de energia.

O petróleo é a principal fonte de energia do planeta, seguida pelo carvão mineral e pelo gás natural. Isso é preocupante, visto que 90% da energia consumida no planeta é provida de fontes não-renováveis, quer dizer, que um dia vã se esgotar. Isso não quer dizer que faltará energia no mundo, mas que haverá, um trabalhoso e caso período de transição para nos acostumarmos com a utilização de um novo tipo de energia.

Neste capitulo será analisado a geopolítica e a produção dos principais tipos de energia.

PETRÓLEO

O petróleo é encontrado em bacias sedimentares resultantes do soterramento de antigos ambientes aquáticos. Pode ser encontrado nos estados sólidos, líquidos e gasosos. É usado pelo homem desde a muito tempo.

O petróleo, além de ser a principal fonte de energia do planeta, é importantíssimo e está presente em todo o nosso cotidiano. Com ele, as industrias petroquímicas fabricam o plástico, a borracha sintética, os fertilizantes e os adubos usados na agricultura. Mas, essa grande dependência gera outras questões: o petróleo é uma fonte não-renovável de energia. Algumas previsões indicam que ele se esgotará em no mínimo dois séculos.

Edwin Drake encontrou petróleo em apenas 21 metros de profundidade, na Pensilvânia, Estados Unidos, e passou a comercia-lo com as cidades (em substituição ao óleo de baleia utilizado na iluminação pública). O petróleo o passo a ser consumido em quantidade crescente a cada ano. Junto com esse rápido consumo, surgiram companhias petrolíferas, atuando em todos os quatros fases econômicas de exploração: extração, transporte, refino e distribuição.

A parti da década de 30, diversas empresas estatais passaram a atuar diretamente nos quatros fases econômicas do petróleo, ou pelo menos em uma delas. Alguns países fizeram concessões para que as empresas estrangeiras atuassem no setor petrolífero. Exemplo: a Pemox, no México; a Petroven, na Venezuela; a Agip, na Itália. No Brasil, com a criação da Petrobrás em 1953, estatzaram-se a extração, o refino e o transporte. Em 1995, foi extinto o monopólio da Petrobrás.

Em 1960, criou-se a OPEP (Organização dos países Exportadores de Petrobrás), formada por 11 países: Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Irã, Iraque, Kuwait, Catar, Indonésia, Argélia, Nigéria, Líbia e Venezuela.

Com a eclosão da guerra entre Irã e Iraque, entre 1979 e 1980, os países importadores ficaram apreensivos com a possibilidade iminente de ingresso de outras nações árabes no conflito. Se isso acontecesse, a oferta mundial do petróleo ficaria comprometida, o que levou muitos países a comprar o produto, visando aumentar os seus estoques estratégicos. Com isso, a OPEP elevou o preço do barril para 34 dólares.

Com isso elevações do preço do petróleo, os países importadores ficaram ainda comprometidos, pois agravava ainda mais a crise econômica do mundo desenvolvido, que já se arrastava desde o final da década de 60.

Para enfrentar a crise, estabeleceram duas estratégias: aumento da produção interna e substituição do petróleo por fontes alternativas. Essas medidas visavam diminuir a dependência energética.

Em 1986, com a substituição por outras fontes e com o aumento da produção em escala mundial, a lei da oferta e da procura voltou a funcionar e, a cotação do Brasil caiu para 12 dólares.

A parti de 1986, o poder da OPEP foi se fragilizando, e ficava cada vez mais complicado estabelecer um acordo de preços e cotas de produção entre os países membros. Os Estados Unidos conseguiram essa fragilização de favorecimento comerciais a Arábia Saudita e ao Kuwait.

Em dezembro de 1990, o Iraque invadiu o Kuwait e ameaçou invadir a Arábia Saudita, sob o pretexto de disputa territorial, mas a verdade é que eles estavam tentando impedir que esses países extrapolassem a cota de produção de petróleo estabelecida pela OPEP, que estava causando queda no preço do barril. Os Estados Unidos, querendo defender seus interesses comerciais, interfeririam imediatamente, enviando tropas ao Oriente Médio e pondo fim a guerra em janeiro de 1991. Durante o conflito, o barril de petróleo atingiu seu preço Maximo de 40 dólares. Com o restabelecimento da normalidade no Oriente Médio, o preço no final da década de 90 em torno de 16 dólares o barril.

CARVÃO MINERAL E GÁS NATURAL

A participação dessas fontes de energia aumentaram significativamente a parti das crises do petróleo em 1973, 1979 e 1991, que levaram os países a substitui-los por outras fontes de energia. O carvão mineral ocupa hoje a segunda posição, e o gás natural a terceira no consumo mundial de energia.

O carvão mineral é uma fonte de energia muito abundante, o que torna o substituto imediato do petróleo em situações de crise e aumento de preços. Mas, o carvão mineral acarreta prejuízos ambientais ao planeta, pois a estrutura molecular do carvão contém enorme quantidade de carbono e enxofre que, após a queima para a atmosfera na forma de gás carbônico, que agrava o efeito estufa, e o dióxido de enxofre, o grande responsável pela ocorrência da chuva ácida.

O carvão mineral, também é uma importante matéria-prima da industria de produtos químicos orgânicos, que produz piche, asfalto, plásticos, etc.

O gás natural, além de ser mais barato e facilmente transportável em condutores, apresenta uma queima quase limpa, que polui pouco a atmosfera se comparada a do carvão e a do petróleo. E sua queima libera uma boa quantidade de energia, que vem sendo utilizada, cada vez mais, nos transportes e na produção industrial.

ENERGIA ELÉTRICA

A energia elétrica é produzida principalmente em usinas, termelétricas e termonucleares. O que muda em cada uma, é a forma de girar um eixo e produzir energia mecânica, que será posteriormente transformada em eletricidade.

HIDRELÉTRICA

A energia hidrelétrica é gerada através de uma barragem feita em rio que apresenta, não necessariamente uma queda dágua, e sim de desníveis que possibilitem a instalação de uma barragem que forme uma represa e crie uma queda artificial. A energia potencial da barragem faz girar o eixo de uma turbina, gerando energia mecânica, que, posteriormente, é transformada em energia elétrica. Trata-se de uma forma limpa, barata e renovável de obtenção de energia, havendo imposto ambiental apenas na construção das barragens e no conseqüente represamento da água.

TERMELÉTRICA

Para se obter energia elétrica a partir da termeletricidade, aumenta-se os custos e o impacto ambiental, mas a construção de uma mina requer investimentos menores do que a de uma hidrelétrica. O que faz a turbina de usina termelétrica girar é a pressão do vapor de água obtido através da queima de carvão mineral ou petróleo. Sua vantagem em relação a hidrelétrica é que a localização da usina é determinada pelo homem e não pela topografia do terreno, o que possibilita sua instalação nas proximidades da área de consumo.

ENERGIA ATÔMICA

O que movimenta a turbina de uma usina nuclear é o vapor de água, que é gerado através da fissão de átomos de urânio em um reator.

As usinas nucleares são típicas de países desenvolvidos, já que o custo da instalação é elevado e a tecnologia incorporada ao processo é avançada.

Se ocorrer alguns acidentes com essas usinas, a radiatividade leva anos ou até mesmos séculos para se dissipar. Ainda outro problema, é o destino do lixo atômico.

Diversa outra forma de obtenção de energia elétrica vem sendo estudada por vários países, mas a sua produção e instalação ainda dependem da redução dos custos.

Posted by Francisco Geo

Economia do Japão

A economia do Japão é um florescente complexo de indústria, comércio, finanças, agricultura e todos os outros elementos de uma estrutura econômica moderna.

A economia da nação encontra-se em um avançado estágio de industrialização, suprida por um poderoso fluxo de informação e uma rede de transportes altamente desenvolvida. Um dos traços da economia japonesa é a importante contribuição da indústria e da prestação de serviços, tais como o transporte, do comércio por atacado e a varejo e dos bancos ao produto interno líquido do país, no qual os setores primários, como a agricultura e a pesca, têm hoje em dia uma quota menor. Outro traço é a importância relativa do comércio internacional na economia japonesa.

O Japão é um país isular, pouco dotado de recursos naturais e que sustenta uma população de mais de 120 milhões de habitantes em uma área relativamente pequena. Contudo, apesar dessas condições restritivas e da devastação de seu parque industrial durante a Segunda Guerra Mundial, o Japão conseguiu não apenas reconstruir sua economia, mas também tornar-se uma das principais nações industrializadas do mundo. Ao mesmo tempo, entretanto, o processo de rápida expansão industrial, junto com mudanças nas condições econômicas japonesas e internacionais ocorridas nos últimos anos, criou vários problemas econômicos que o país deve enfrentar hoje em dia.

Recuperação do Pós-Guerra

Durante alguns anos após a derrota japonesa na Segunda Guerra Mundial, a economia da nação ficou quase totalmente paralisada em virtude da destruição causada pela guerra, com uma séria escassez de alimentos, uma inflação descontrolada e um agressivo mercado negro. A nação perdeu todos os seus territórios de além-mar e a população ultrapassou a marca dos 80 milhões de habitantes, com o acréscimo de cerca de seis milhões de repatriados do exterior. Fábricas foram destruídas pelo fogo dos ataques aéreos. A demanda interna caíra com a cessação das encomendas militares e o comércio exterior era restrito pelas forças de ocupação. Mas o povo japonês começou a reconstruir a economia devastada pela guerra, auxiliado no início pela ajuda à reabilitação dos Estados Unidos. Em 1951, o Produto Nacional Bruto foi recuperado ao nível de 1934-36. O crescimento populacional inibiu a recuperação da renda per capita da nação, mas em 1954 esse indicador também recobrou o nível de 1934-36 em termos reais. O pessoal militar desmobilizado e os civis desconvocados juntaram-se ao mercado de trabalho proporcionando uma larga oferta de trabalhadores para a reconstrução econômica no início do período do pós-guerra.

Várias reformas sociais realizadas após a guerra ajudaram a moldar uma estrutura básica para o subseqüente desenvolvimento econômico. A desmilitarização do pós-guerra e a proibição de rearmamento estabelecidas pela nova Constituição eliminaram o pesado ônus provocado pelos gastos militares sobre os recursos econômicos da nação. A dissolução dos Zaibatsu (enormes monopólios empresariais) libertou as forças da livre concorrência, e a propriedade da terra cultivável foi redistribuída em grande quantidade entre os antigos arrendatários agricultores, dando-se a eles novos incentivos para a melhoria de seus lotes. Também foram removidos os obstáculos às atividades sindicais, tendo como resultado o fato de a segurança de emprego dos trabalhadores tornar-se mais protegida e abriu-se o caminho para o aumento constante dos níveis salariais.

Com o 'sistema de produção prioritária', deu-se ênfase ao aumento da produção do carvão e do aço, os dois principais focos do esforço industrial do país. A elevação da produção do aço estabeleceu a base para uma decolagem global da produção, caracterizando um impulso no investimento de capital, sustentado pela recuperação do consumo. Em seguida, a produção foi incrementada não apenas nas indústrias de base, tais como a do aço e dos produtos químicos, mas também em novas indústrias produtoras de vens de consumo, tais como as de aparelhos de televisão e de automóveis.

Posted by Francisco Geo

redação


Olá! Meu amigo Gesseldo está aqui colaborando com vocês. Siga as dicas para uma boa redação. Abraços a todos.

1. Se o texto for dissertativo, não produza períodos muito longos ou muito curtos. Procure ser objetivo. Assim, não repita ideias, não utilize palavras demais nem apresente informações desnecessárias.

2. Ao apresentar os argumentos de sua dissertação, não use expressões como “eu acho”, “eu penso” ou “quem sabe”. Expressões assim demonstram dúvidas em sua argumentação.

3. Cuidado para não fugir do tema proposto. Caso isso aconteça, sua redação será anulada.

4. Em uma dissertação, é importante que seja feita a apresentação e a discussão de fatos, dados e pontos de vista acerca da questão proposta.

5. A postura mais adequada para se dissertar é escrever de modo impessoal, ou seja, deve-se evitar a utilização da primeira pessoa do singular.

6. O texto dissertativo é dirigido a um interlocutor genérico, universal; a carta argumentativa pressupõe um interlocutor específico para quem a argumentação deverá estar orientada.

7. O que se solicita dos alunos é muito mais uma reflexão sobre um determinado tema, apresentada sob forma escrita, do que uma simples redação vista como um episódio circunstancial de escrita.

8. Lembre-se de que seu texto deve apresentar uma unidade, por mais longo que seja. Você deve traçar uma linha coerente do começo ao final do texto. Não pode perder de vista essa trajetória. Por isso, muita atenção no que escreve para não se perder e fugir do assunto. Eliminar o desnecessário é um dos caminhos para não se perder. Para não errar, use a seguinte ordem: introdução, argumentação e conclusão da idéia.

9. Quanto à narração, uma boa caracterização de personagens não pode levar em consideração apenas aspectos físicos. Elas têm de ser pensadas como representações de pessoas, e por isso sua caracterização é bem mais complexa, devendo levar em conta também aspectos psicológicos de tipos humanos.

10. Na narração, há a necessidade de caracterizar e desenvolver os seguintes elementos: narrador, personagem, enredo, cenário e tempo.

11. A letra de forma deve ser evitada, pois dificulta a distinção entre maiúsculas e minúsculas. Uma boa grafia e limpeza são fundamentais.

12. A coerência entre todas as partes de seu texto é fator primordial para se escrever bem. É necessário que elas formem um todo. Para isso, é necessário estabelecer uma ordem para que as ideias se completem e formem o corpo da narrativa. Explique, mostre as causas e as consequências.

13. Atenção à conclusão de seu texto. Remeter o leitor à ideia inicial é uma boa maneira de fazer o fechamento do texto.

14. Leia e releia o texto produzido. Lembre-se de que é fundamental pensar, planejar, escrever e reler seu texto. Mesmo com todos os cuidados, pode ser que você não consiga se expressar de forma clara e concisa. Verifique se os períodos não ficaram longos, obscuros. Veja se você não repetiu palavras e ideias. À medida que você relê o texto, essas falhas aparecem, inclusive, erros de ortografia e acentuação. Não se apegue ao escrito.

15. Refaça o seu texto quantas vezes forem necessárias.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010
Posted by Francisco Geo

África



As fronteiras e os Estados

- África foi retalhada em territórios coloniais a partir do congresso de Berlim (1884 – 1885).
- Foram 15 nações européias mais o EUA que participaram da reunião. (Otto Von Bismarck)
- O congresso de Berlim não dividiu o continente em colônias, mas fixou princípios para evitar conflitos entre potências européias que se lançavam à partilha da África.
- Na década seguinte, as potências apresentaram-se em estabelecer bases coloniais e traçar fronteiras, a fim de garantir a soberania sobre os territórios que começavam a ocupar.
- Início do século XX – dominação política européia.
- Grã-Bretanha e a França – tornaram-se as potências colônias dominantes.
- Britânicas estabeleceram soberania desde o Egito até a União Sul-Africana, ao longo da África oriental.
- Os franceses concentraram suas colônias no Magreb e na África ocidental e equatorial.
- Os projetos britânicos e franceses entram em colisão no Sudão e na questão do domínio sobre esse território provocou ma amarga confrontação colonial entre as duas potências.
-Alemanha, Portugal, Espanha e Itália ocuparam territórios marginais.
- Centro de continente – Congo que deixa de ser colônia privada, e passando a soberania da Bélgica.
- As potências européias produziram na prática, a divisão política da África, traçando fronteiras sobre espaços étnicos e culturais dos quais pouco conheciam.
- As metrópoles européias traçaram divisões administrativas no interior dos seus territórios na África.
- Os estados independentes que surgiram no pós-guerra, herdaram.
- Início da Segunda Guerra Mundial – continente africano exibia apenas quatro estados independentes: Egito, África do Sul, Etiópia e Libéria.
- Egito e África do Sul – foram os principais a romper com a Grã-Bretanha.
- Etiópia – antiga monarquia cristã africana, que sofreu apenas uma fracassada tentativa de ocupação pelos italianos entre 1935 a 1941.
- 1822 é criada na Libéria – uma sociedade arti-escravista norte-americana, cria esse estado, afim de estimular a transferência de escravos libertos para a pátria inventada na África.
- 1960 – libertação da maioria das colônias africanas ocorreu na década de 1960.
• A independência em alguns casos foi conquistada a partir de guerras e movimentos armados de libertação, que acabaram provocando a retirada ordenada das potências européias.
- França concedeu a independência para quase todas as suas colônias na África subsaariana em 1960, conservando laços de cooperação econômica militar e cultural.
- Algumas colônias britânicas também alcançaram a independência através de negociações.
- últimos países a alcançarem a independência contam-se as colônias portuguesas da Angola, Moçambique, Guiné-Bissau e Cabo Verde.
• Moçambique e Angola travaram longas guerras de libertação e o colonialismo só terminou em 1975. Obs. Nesses dois países mesmo independente as guerras continuam, são os conflitos etnotribais.
- No momento das independências, o poder político e militar transferiu-se das antigas metrópoles para as elites nativas urbanas.
• Muitas vezes, essas elites representavam apenas um dos grupos étnicos do país, marginalizando por completo as etnias rivais.
- A vida política sempre é sobressaltada por sucessivos golpes de estado e envenenada pela violência e corrupção.
- 1961 – OUA, Organização de Unidade africana, em Adis Abeba, na Etiópia, como instituição de cooperação e segurança continental.


A África esquartejada

Quando olhamos para o mapa-múndi, notamos que o continente africano ocupa uma posição singular: atravessado pelo meridiano de Greenwich e pela linha do Equador, surge como o centro do mundo. Aparente berço da humanidade, a África, tal qual uma mãe, tem de purgar silenciosamente todos os desmandos do "Homo superior".

Fornecedora da mão-de-obra que enriqueceu a Europa, paradoxalmente foi esquartejada na Conferência de Berlim (1884-85): constituiu-se em 53 países separados por fronteiras artificiais, com incontáveis grupos etno-culturais que tiveram sua coexistência, nem sempre pacífica, e seus modos de vida destruídos em nome do progresso.


Não bastasse o quadro natural adverso (1/3 de áreas desérticas e em expansão e florestas impenetráveis), a África é vítima do seu passado: possui o pior IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) e o maior IPH (Índice de Pobreza Humana) do mundo, ou seja, o menor PIB per capita, a menor taxa de urbanização, as maiores taxas de analfabetismo, de subnutrição, de natalidade, de mortalidade, de mortalidade infantil e de crescimento demográfico).


Além disso, convive com as doenças e a fome (na Somália, na Etiópia e no Sudão) e as guerras civis em Angola, Serra Leoa, Burundi, Ruanda e na República Democrática do Congo (ex-Zaire) e de fronteira (Chifre da África).


Sua economia, primário-exportadora, assegura o desenvolvimento, ainda que reduzido, de poucos países (Líbia, Egito, Marrocos, Tunísia, Zimbábue e África do Sul).

A maioria das nações vive da economia de subsistência, da plantation, quando não adoece ou passa fome.


Por ter mercado consumidor escasso, a África não pode participar do mundo globalizado, para o qual, não passa do lar de Tarzan e merece ser castigada, pois ousou sonhar com a liberdade após a "civilizada" 2ª Guerra Mundial. Seu lugar é apenas nos mapas.


Não bastasse isso, há duas décadas, a África da fome, das guerras e dos refugiados morre lentamente, vítima da AIDS. Mais de 23 milhões de casos numa população de 760 milhões de pessoas.


Nos 16 países em que mais de 10% da população está infectada (36% em Botsuana, 25% no Zimbábue e na Suazilândia, 20% na África do Sul e em Zâmbia), o HIV matará cerca de 80% dos adultos.


A malthusiana omissão mundial é tão inquietante quanto a cínica "solidariedaids". A sensação de que a humanidade é matricida é desoladora. Ainda mais quando os jogadores de futebol de Camarões nos dão um exemplo da infinita alegria que é o ato de viver.


Economia

A maior parte da África vive em situação de subdesenvolvimento e pobreza, por várias causas: condições climáticas de extrema aridez ou umidade, pobreza dos solos, técnicas tradicionais, má administração e uma infraestrutura econômica herdada do colonialismo.
A agricultura e a criação de gado são as atividades mais importantes, embora, à exceção das grandes plantações controladas por proprietários locais ou por empresas estrangeiras, a renda seja escassa e a produção não satisfaça as necessidades alimentares da população. O clima é o fator determinante do tipo de lavoura de cada região. Nas zonas de clima mediterrâneo pratica-se a característica agricultura de cereais, oliveiras, videiras, frutas, legumes etc. As grandes plantações tropicais de cacau, café, chá, seringueiras, sisal, dendê, algodão, banana e cana-de-açúcar ocupam amplas zonas nas franjas tropicais do continente, alternando-se com pequenas lavouras nativas de cereais (painço e sorgo), algodão e hortaliças e com a criação de gado bovino e ovino, de baixo rendimento. As plantações se estendem também pela zona equatorial, combinadas com a exploração de madeiras preciosas (mogno, ébano) e com um tipo de agricultura itinerante de tubérculos (mandioca, batata, inhame), praticada com técnicas rudimentares em solos muito pobres.
A maior riqueza da África são os recursos minerais, explorados sobretudo na República da África do Sul (ouro, diamantes, urânio, vanádio, níquel etc.) e no planalto de Katanga, no Zaire (cobre, zinco, chumbo, estanho), o que favoreceu um importante desenvolvimento industrial nessas regiões. Outros abundantes recursos do subsolo africano são o ferro, a bauxita, o manganês e o cobalto. O Saara possui grandes reservas de fosfatos, petróleo e gás natural. O continente é pobre em jazidas de carvão, mas o enorme potencial hidrelétrico de seus rios e lagos constitui importante fonte de energia, capaz de impulsionar o desenvolvimento industrial; as principais represas são as de Assuã, no rio Nilo (Egito), Owen Falls, na cabeceira do mesmo rio (Uganda), Akosomba, no Volta (Gana), e Kariba, no Zambeze (Zâmbia-Zimbábue).
A indústria só está desenvolvida na África do Sul, o país mais rico do continente (siderurgia, têxteis, produtos alimentícios), no Zimbábue e em alguns países árabes. Zaire e Zâmbia têm algumas indústrias de mineração.

História

A presença do homem no continente africano remonta ao início da era quaternária ou ao fim da terciária. A descoberta de muitos restos de hominídeos fósseis -- australopitecos, atlantropos, homens de Neandertal e de Cro-Magnon -- em diferentes pontos da África demonstra a importância dessa parte do mundo na evolução da espécie humana e indica, até, a possibilidade de que o homem seja originário desse continente. A seqüência cultural do paleolítico ao neolítico é paralela à de outras zonas da Europa e da Ásia, com diferentes focos de desenvolvimento regional. Muitas zonas do interior do continente, meio isoladas, permaneceram em estágios paleolíticos, embora o processo de neolitização se tenha iniciado em 10000 a.C., com graus diversos de aceleração.
A África setentrional entrou muito cedo na história. O florescimento da civilização egípcia e a inter-relação com outras áreas culturais do mundo mediterrâneo vincularam estreitamente essa região, durante muitos séculos, com o desenvolvimento geral da civilização ocidental. As colônias fenícias, Cartago, a romanização, a fixação dos vândalos e a influência bizantina deixaram em toda a África mediterrânea um substrato cultural que mais tarde seria assimilado e modificado pelos árabes, cuja civilização encontrou no continente africano um importante campo de expansão e consolidação. O Islã se estendeu pelo Sudão, o Saara e a costa oriental, seguindo as rotas comerciais do interior da África (escravos, ouro, penas de avestruz) e estabelecendo encraves marítimos (especiarias, seda) no Índico.
Ao mesmo tempo, a África negra conheceu o florescimento de uma série de impérios e estados, nascidos em conseqüência da submissão de grandes clãs e tribos ao poder de um único soberano de caráter feudal e guerreiro. Os mais importantes desses impérios foram o de Aksum, na Etiópia, que chegou ao apogeu no século XIII; o de Gana, desenvolvido entre os séculos V e XI e sucedido pelos estados muçulmanos de Mali (séculos XIII a XV) e de Songhai (séculos XV e XVI); o reino Abomey de Benin (século XVII); e a confederação zulu do sudeste africano (século XIX).
No século XV iniciou-se a exploração européia das costas ocidentais africanas, estimulada pela busca de novos caminhos para a Ásia, depois do fechamento do comércio no Mediterrâneo oriental por parte dos turcos. Portugueses, espanhóis, franceses, ingleses e holandeses competiram pelo domínio da nova rota mediante o estabelecimento de feitorias costeiras e portos de embarque para o tráfico de escravos. Ao mesmo tempo realizavam-se as primeiras expedições ao interior do continente: Charles-Jacques Poncet na Abissínia, em 1700; James Bruce em 1770, em busca da nascente do Nilo; Friedrich Konrad Hornermann no deserto da Líbia, em 1798; Henry Morton Stanley e David Livingstone na bacia do Congo, em 1879.
Desde o século XIX, os interesses econômicos e políticos das potências européias estimularam a penetração e a colonização do interior da África. O desejo de criar impérios que se estendessem de costa a costa alimentou a rivalidade entre o Reino Unido (que conseguiu ocupar uma faixa de alto a baixo, do Egito à África do Sul, além de outras zonas no golfo da Guiné), a França (estabelecida na África norte-ocidental, em parte da África equatorial e em Madagascar) e, em menor medida, Portugal (Angola, Moçambique, Guiné e diversas ilhas estratégicas), Alemanha (Togo, Tanganica e Camarão), Bélgica (Congo Belga), Itália (Líbia, Etiópia e Somália) e Espanha (parte do Marrocos, Saara Ocidental e encraves na Guiné). A partilha da África se consumou formalmente na Conferência de Berlim de 1884-1885, na qual se firmou o princípio da ocupação efetiva como forma legitimadora da posse de colônias.
O regime colonial acarretou a destruição ou modificação das estruturas sociais, econômicas, políticas e religiosas de grande parte da África negra. A independência das colônias, iniciada depois da segunda guerra mundial e concluída principalmente entre 1960 e 1975, foi ameaçada por graves problemas de integração nacional, resultantes da arbitrariedade das fronteiras herdadas do sistema colonial, além da insuficiência econômica (a população africana cresce com rapidez muito maior que a produção de alimentos). A dependência econômica e política em relação às antigas metrópoles, a administração ineficiente, as disputas tribais e ideológicas, tudo isso agravado pelo crescimento demográfico e urbano, são os principais obstáculos ao desenvolvimento dos novos países, cujos governos, de caráter militar ou presidencialista na maioria, tendem a adotar políticas socializantes como modo de se libertarem das potências estrangeiras. A cooperação coletiva para resolver esses problemas fez surgirem diversas organizações supranacionais baseadas na idéia do pan-africanismo, ou união de todos os povos africanos em torno dos interesses comuns; a mais importante é a Organização da Unidade Africana (OUA).
domingo, 19 de setembro de 2010
Posted by Francisco Geo

Geografia Física do Estado do Rio de Janeiro



A densidade populacional é a mais alta do Brasil, 356,13 hab/km2, e tem uma esperança média de vida de 72,1 anos.
O relevo do estado do Rio de Janeiro é variado: escarpas a cair para o mar, como a da Serra da Mantiqueira; morros, dos quais os mais famosos são o Pão de Açúcar e o Corcovado; colinas e planícies costeiras com as praias: Copacabana, Ipanema e Lebelon e, ainda para nordeste, as de cabo Frio e Búzios.

A serra da Mantiqueira, onde fica o Pico das Agulhas com 2789 m, é o ponto mais alto do estado e percorre três estados: São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Os principais rios são o Paraíba do Sul, o Macaé, o Muriaé, o Pirai e o Grande. A cobertura vegetal, dado o intenso povoamento da região, encontra-se bastante alterada, mas subsistem ainda 15% de matas e florestas. São compostas por mangues no litoral juntamente com a mata atlântica e floresta tropical. Junto à cidade do Rio de Janeiro, encontram-se as duas maiores florestas urbanas do mundo, o Maciço da Pedra Branca e a Floresta da Tijuca classificada como reserva da biosfera pela ONU. O clima é tropical atlântico, com temperaturas médias de 22ºC e chuvas abundantes.


O relevo do Rio de Janeiro é constituído por três unidades básicas, as terras altas, também chamadas de Planalto ou Serra Fluminense (acima de 200 metros de altitude), as terras baixas, também chamadas de Baixada Fluminense (abaixo de 200 metros de altitude) e os maciços litorâneos (formações rochosas, ao longo da costa, como, por exemplo, o Corcovado). O ponto mais alto do estado é o Pico das Agulhas Negras, com 2791 metros de altitude.
O litoral do estado é muito recortado, e se estende por 636 quilômetros, sendo que possui várias baías e um grande número de ilhas.
A Mata Atlântica, vegetação original em grande parte do estado, ocupa atualmente apenas um décimo dessa área, nas partes mais altas das serras do estado. Produzidos pela ocupação humana, surgiram os mangues e grandes áreas de campos. Uma amostra do que existia em termos de vegetação originalmente no estado pode ser observado na Floresta da Tijuca e no Maciço da Pedra Branca, que alias, são as duas maiores florestas urbanas do mundo.
O clima no estado do Rio de Janeiro varia de acordo com a proximidade do mar e do relevo. No planalto, ou Serra Fluminense, pode-se dizer que o clima predominante é o tropical de altitude, caracterizado pelas temperaturas mais amenas. Na Baixada Fluminense predomina o clima tropical semi-úmido, com temperatura média anual de 24° C. As chuvas são abundantes, sobretudo na base da Serra do Mar.
A maior parte dos rios fluminenses desemboca no Oceano Atlântico, sendo os mais importantes: Paraíba do Sul, Muriaé, Pomba, Macabu e Itabapoana. Além dos rios, o estado possui várias lagoas, sendo a maior a Lagoa Feia, e a mais conhecida, a Lagoa Rodrigo de Freitas, na capital.
terça-feira, 7 de setembro de 2010
Posted by Francisco Geo

Fatores climáticos

O planeta tem diferentes tipos de clima e o que diferencia, ou o que caracteriza, cada tipo são os fatores climáticos. Os principais são: Latitude, Altitude, Massas de ar, Continetalidade / Maritimidade, Correntes marítimas, Vegetação e Relevo. O que vai determinar o clima de uma região é um conjunto desses fatores e não um deles isoladamente, apesar de um deles poder predominar.


Latitude

Sabemos já que a Terra está dividida
em hemisfério Norte e hemisfério Sul pela linha do Equador. Também sabemos que esta linha nos orienta sobre a Latitude ( Norte e Sul ), sendo que na linha do Equador é 0º e a partir daí até cada um dos pólos são 90º. Na altura da linha do Equador observamos uma incidência maior de raios solares, determinando uma zona classificada como Tropical ou Equatorial, a medida que caminhamos para os pólos, os raio solares se inclinam fazendo surgir uma zona denominada de Temperada. Já nos pólos, os raios demoram mais a chegar, originando assim as chamadas zonas polares ou glaciais.


Massas de Ar

As massas de ar são grandes “bolhas” de ar na atmosfera. Elas têm suas características semelhantes às características da região onde foi formada e à medida que vai se distanciando da sua origem vai perdendo essas características originárias.


De acordo com a sua origem as principais massas de ar predominates no Brasil são:


  • Massa de ar Polar que pode ser Atlântica ( mPa ) ou Continental ( mPc ). A mPa é responsável pelo fenômeno que ocorre na Amazônia denominado "Friagem". Na costa oeste da América do Sul temos a Cordilheira dos Andes e no Brasil, o planalto Central. Entre a Cordilheira e o Planalto, forma-se um espécie de "calha" o que facilita a penetração da mPa, até a região Amazônica, fazendo baixar a temperatura de forma brusca, podendo até provocar a morte de alguns índios.


  • Massa de ar Tropical que pode ser Continental ( mTc ) ou Atlântica ( mTa ). A mTc que atua no Brasil provoca tempo seco enquanto a mTa provoca tempo úmido e chuvas. Isso por que a massa de ar de origem continental é seca em relação à massa de ar de origem atlântica que é úmida; e


  • 3) Massa de ar Equatorial que pode ser Continental ( mEc ) ou Atlântica ( mEa ). A mEc é uma exceção à regra: deveria ser seca por ter origem continental, ou seja, no interior do continente, mas é úmida devido à quantidade de água dos rios e da floresta Amazônica, região de origem.


  • As massas de ar Tropical e Equatorial são quentes. Quando ouvimos falar que está se aproximando uma frente fria quer dizer que está se vindo uma massa de ar fria. Por outro lado, quando ouvimos falar que está se aproximando uma frente quente quer dizer que está vindo uma massa de ar quente.


  • Da mesma forma, quando ouvimos que uma massa de ar seca predomina numa região que dizer uma massa de ar de origem continental e que, portanto, a probalidade de chover é bem pequena. Outossim, se falamos que uma massa de ar úmida predomina numa região queremos dizer que a probabilidade de chover é grande.

Maritimidade


Na região litorânea a amplitude térmica é menor. Isso se explica pela proximidade com os oceanos. A águas do mar se aquecem e se resfriam lentamente, amenizando assim, a queda de temperatura. Nesse caso, a amplitude térmica é menor. Nessa região a umidade do ar é maior.

Continentalidade:

No interior do continente a amplitude térmica aumenta por causa, entre outros fatores, do aquecimento e resfriamento rápido das rochas e solos. Durante o dia observamos uma temperatura elevada, já a noite a temperatura cai. O distanciamento do mar deixa o ar mais seco.

Correntes marítimas

Podemos dizer que a corrente marítima é um rio no mar. Temos as correntes quentes e as correntes frias. Assim como as massas de ar, elas têm as
características do local onde se originam.

As correntes quentes ajudam a
proporcionar um clima menos rigoroso na parte ocidental da Europa. Elas se originam em regiões próximas à linha do Equador. Ex.: Corrente do Golfo, com origem na região do golfo do México e ameniza a temperatura na parte ocidental da Europa (Ilhas Britânicas)

As correntes frias provocam diminuição nas temperaturas das regiões por onde passam e também podem favorecer a ocorrência de desertos por causa da menor
umidade oferecida por suas águas frias. Elas se originam em regiões próximas aos pólos. Ex.: Corrente de Humboldt, no oceano Pacífico, a do Labrador que provoca invernos rigorosos nos EUA.

Altitude

Nas grandes altitudes o ar é rarefeito. A superfície terrestre aquece por irradiação, ou seja, quando os raios solares atingem a superfície, parte dela é absorvida e em seguida irradiada em forma de calor. Quando esse calor atinge as partes mais elevadas, ele vai se dissipando pela atmosfera.



domingo, 1 de agosto de 2010
Posted by Francisco Geo

Informativo - Alunos do Colégio Sagrado Coração de Jesus

Atenção

Alunos do Segundo Ano do Ensino Médio - Estudar pelas apostilas e pela matéria do caderno - Estrutura geológica do Brasil - Tipos de Relevo - Clima - Massas de Ar - Vegetação - Os impactos que a nossa vegetação sofreu e vem sofrendo - Blocos econômicos.

Aluno do Terceiro Ano do Ensino Médio - Estudar pela apostila e pela matéria do caderno - Fatores que influenciam no clima do planeta: Altitude / Maritimidade / Continentalidade / Sistema de Brisas / Latitude / Massas de Ar / Correntes Marítimas / Vegetação. Bacias Hidrográfica e sua importância.

Estudem com atenção meus adoráveis alunos e amigos. Abraços e bom recesso.
quinta-feira, 22 de julho de 2010
Posted by Francisco Geo

ENEM

Período de Inscrição - ENEM

O Exame Nacional do Ensino Médio - ENEM de 2010, teve prorrogada as inscrições para o processo seletivo. Todos os estudantes agora terão até as 23h59 do dia 16/07/2010 para se inscrever. A taxa está no valor de R$ 35,00 (trinta e cinco reais).

Estudantes isentos do pagamento:

  • Estudantes da última série do Ensino Médio
  • Candidatos que tiverem concluído em anos anteriores
  • Alunos de escolas particulares que não tiverem condições de efetuar o pagamento (preencher declaração de carência)
  • Os alunos deverão estar munidos dos seguintes documentos: CPF e RG próprios como documento de identificação

O exame irá constar de quatro provas objetivas de múltipla escolha com 45 questões cada uma e redação.

06/11/2010 - 13h às 17h - questões de ciências da natureza e ciências humanas

07/11/2010 - 13h às 18h:30 - questões de matemática, linguagens e códigos e redação

As inscrições podem ser feitas exclusivamente pela internet - http://www.enem.inep.gov.br/

segunda-feira, 12 de julho de 2010
Posted by Francisco Geo

Conflitos Internacionais Recentes




Colômbia, Equador e Venezuela





Em 1º de março de 2008, tropas da Colômbia atacaram um acampamento do movimento guerrilheiro Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) em uma região de fronteira, mas dentro do território do Equador. Durante o ataque, mataram um dos principais líderes das FARC, Raúl Reyes, e mais 16 guerrilheiros.

Em um primeiro momento, o presidente do Equador, Rafael Correa, afirmou estar informado do ataque. Logo depois, contudo, declarou que o exército colombiano havia entrado no Equador sem sua autorização, rompeu relações diplomáticas com a Colômbia e enviou mais de 3 mil soldados à fronteira. A mudança de comportamento de Correa aparentemente ocorreu sob influência do presidente da Venezuela, Hugo Chávez. Este já se encontrava em crise com o governo colombiano, desde que havia sido afastado das negociações que a Colômbia mantinha com as FARC, com o intuito de firmar um acordo humanitário para libertação dos reféns mantidos há anos pelos guerrilheiros. Ao ser informado da morte dos guerrilheiros, Chávez proferiu severas críticas ao presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, e mobilizou dez batalhões do exército na fronteira com esse país. A crise se acirrou no dia 4 de março, quando a Colômbia anunciou ter descoberto, nos computadores dos guerrilheiros mortos, provas de que o Equador e a Venezuela mantêm vínculos estreitos com as FARC. Segundo o diretor da Polícia da Colômbia, Óscar Naranjo, os documentos provariam: (a) que a Venezuela, além de fornecer armas às FARC, já contribuíra com cerca de 300 milhões de dólares para ajudar os guerrilheiros; e (b) que o ministro da Segurança Interna e Externa do Equador, Gustavo Larrea, havia demonstrado interesse em oficializar as relações com as FARC. Em meio a um clima de acusações e de iminência de guerra entre os países, Álvaro Uribe declarou que não enviaria tropas às fronteiras do Equador e da Venezuela, mas que apresentaria as provas encontradas à Organização dos Estados Americanos (OEA) e à ONU, reiterando que os documentos encontrados com os guerrilheiros "violam a normalidade internacional na sua proibição aos países de proteger terroristas". Em julho de 2009, o Exército colombiano apreendeu uma série de lança-foguetes produzidos na Suécia em um dos acampamentos das FARC. Consultada, a Suécia confirmou que os números de série das armas correspondem a um lote vendido pela empresa Saab Bofors Dynamics ao Exército da Venezuela. O fato, que fere todos os acordos internacionais, provocou uma nova crise entre os países.



sábado, 3 de julho de 2010
Posted by Francisco Geo

Atenção alunos do Segundo Ano

URBANIZAÇÃO NO BRASIL








Consequências e características das cidades




Urbanização é o aumento proporcional da população urbana em relação à população rural. Segundo esse conceito, só ocorre urbanização quando o crescimento da população urbana é superior ao crescimento da população rural.Somente na segunda metade do século 20, o Brasil tornou-se um país urbano, ou seja, mais de 50% de sua população passou a residir nas cidades. A partir da década de 1950, o processo de urbanização no Brasil tornou-se cada vez mais acelerado. Isso se deve, sobretudo, a intensificação do processo de industrialização brasileiro ocorrido a partir de 1956, sendo esta a principal conseqüência entre uma série de outras, da "política desenvolvimentista" do governo Juscelino Kubitschek.É importante salientar que os processos de industrialização e de urbanização brasileiros estão intimamente ligados, pois as unidades fabris eram instaladas em locais onde houvesse infra-estrutura, oferta de mão-de-obra e mercado consumidor. No momento que os investimentos no setor agrícola, especialmente no setor cafeeiro, deixavam de ser rentáveis, além das dificuldades de importação ocasionadas pela Primeira Guerra Mundial e pela Segunda, passou-se a empregar mais investimentos no setor industrial.


Êxodo rural



As indústrias, sobretudo a têxtil e a alimentícia, difundiam-se, principalmente nos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Esse desenvolvimento industrial acelerado necessitava de grande quantidade de mão-de-obra para trabalhar nas unidades fabris, na construção civil, no comércio ou nos serviços, o que atraiu milhares de migrantes do campo para as cidades (êxodo rural).O processo de urbanização brasileiro apoiou-se essencialmente no êxodo rural. A migração rural-urbana tem múltiplas causas, sendo as principais a perda de trabalho no setor agropecuário - em conseqüência da modernização técnica do trabalho rural, com a substituição do homem pela máquina e a estrutura fundiária concentradora, resultando numa carência de terras para a maioria dos trabalhadores rurais.Assim, destituídos dos meios de sobrevivência na zona rural, os migrantes dirigem-se às cidades em busca de empregos, salários e, acima de tudo, melhores condições de vida.




População urbana




Atualmente, a participação da população urbana no total da população brasileira atinge níveis próximos aos dos países de antiga urbanização da Europa e da América do Norte. Em 1940, os moradores das cidades somavam 12,9 milhões de habitantes, cerca de 30% do total da população do país, esse percentual cresceu aceleradamente: em 1970, mais da metade dos brasileiros já viviam nas cidades (55,9%). De acordo com o Censo de 2000, a população brasileira é agora majoritariamente urbana (81,2%), sendo que de cada dez habitantes do Brasil, oito moram em cidades.Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), no ano de 2005 o Brasil tinha uma taxa de urbanização de 84,2% e, de acordo com algumas projeções, até 2050, a porcentagem da população brasileira que vive em centros urbanos deve pular para 93,6%. Em termos absolutos, serão 237,751 milhões de pessoas morando nas cidades do país na metade deste século. Por outro lado, a população rural terá caído de 29,462 milhões para 16,335 milhões entre 2005 e 2050.

O processo de urbanização no Brasil difere do europeu pela rapidez de seu crescimento. Na Europa esse processo é mais antigo. Com exceção da Inglaterra, único país que se tornou urbanizado na primeira metade do século 19, a maioria dos países europeus se tornou urbanizada entre a segunda metade do século 19 e a primeira metade do século 20. Além disso, nesses países a urbanização foi menos intensa, menos volumosa e acompanhada pela oferta de empregos urbanos, moradias, escolas, saneamento básico, etc. Em nosso país, 70 anos foram suficientes para alterar os índices de população rural e os de população urbana. Esse tempo é muito curto e um rápido crescimento urbano não ocorre sem o surgimento de graves problemas.

Favelização e outros problemas da urbanização



A urbanização desordenada, que pega os municípios despreparados para atender às necessidades básicas dos migrantes, causa uma série de problemas sociais e ambientais. Dentre eles destacam-se o desemprego, a criminalidade, a favelização e a poluição do ar e da água. Relatório do Programa Habitat, órgão ligado à ONU, revela que 52,3 milhões de brasileiros - cerca de 28% da população - vivem nas 16.433 favelas cadastradas no país, contingente que chegará a 55 milhões de pessoas em 2020. O Brasil sempre foi uma terra de contrastes e, nesse aspecto, também não ocorrerá uma exceção: a urbanização do país não se distribui igualitariamente por todo o território nacional, conforme podemos observar na tabela abaixo. Muito pelo contrário, ela se concentra na região Sudeste, formada pelos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo.


  • Região Sudeste
  • Apesar desses quatro Estados ocuparem somente 10% do território brasileiro, a segunda menor em área, neles se encontram mais de 78 milhões de habitantes (IBGE, 2005), 90,5% dos quais vivem em cidades. É também no Sudeste que se encontram três das cidades brasileiras com mais de 1 milhão de habitantes (São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte), bem como 50% das cidades com população entre 500 mil e 1 milhão de habitantes. As sucessivas crises econômicas que o país conheceu nas últimas décadas fez seu ritmo de crescimento em geral diminuir e com isso o fluxo migratório para o Sudeste se reduziu e continua em declínio.


  • Centro-Oeste e Sul
  • A segunda região de maior população urbana no país é a Centro-Oeste, onde 86,7% dos habitantes vivem em cidades. A urbanização dessa região é ainda mais recente e foi impulsionada pela fundação de Brasília, em 1960, e pelas rodovias de integração nacional que interligaram a nova capital com o Sudeste, de um lado, e a Amazônia, de outro. Além disso, há o desenvolvimento do setor do agronegócio. A agropecuária impulsionou a urbanização do Centro-Oeste, cujas cidades apresentam atividades econômicas essencialmente de caráter agro-industrial. A região Sul, apesar de contar com o terceiro maior contingente populacional do país - mais de 26 milhões de habitantes, 80,9% vivendo em cidades - e uma economia vigorosa, também baseada na agropecuária apresenta um índice mais baixo de urbanização. Ao contrário da região Centro-Oeste, a região Sul conheceu uma urbanização mais lenta e limitada até o início da década de 1970. A estrutura agrária assentada na pequena propriedade e no trabalho familiar, apoiado no parcelamento da terra nas áreas de planaltos subtropicais, limitava a migração de pessoas do campo para o meio urbano. Depois, a mecanização da agricultura e a concentração fundiária impulsionaram o êxodo rural.


  • Norte e Nordeste
  • O grau de urbanização da região Norte é o mais baixo do país: 69,9% em 2003. No entanto, é a região que mais se urbanizou nos últimos anos. Entre 1991 e 2000, segundo o IBGE, o crescimento urbano foi de 28,54%. Além de ter-se inserido tardiamente na dinâmica econômica nacional, a região tem sua peculiaridade geográfica - a floresta Amazônica - que representa um obstáculo ao êxodo rural. Ainda assim, Manaus (AM) e Belém (PA) são as principais regiões metropolitanas com mais de 1 milhão de habitantes cada. Com mais de 51 milhões de habitantes o Nordeste é a região brasileira com o maior número de municípios (1.793), mas somente 69,1% de sua população é urbana. A estrutura agrária baseada na pequena propriedade familiar, na faixa do Agreste, colaborou para segurar a força de trabalho no campo e controlar o ritmo do êxodo rural. O baixo rendimento e a baixa produtividade do setor agrícola restringiu a repulsão dos habitantes rurais, ao passo que o insuficiente desenvolvimento do mercado regional limitou a atração exercida pelas cidades. As cidades podem ser classificadas quanto à origem. Nesses termos, encontram-se duas categorias:









  • cidades espontâneas ou naturais: constituem a maioria das cidades do planeta e foram formadas, através dos tempos, em locais que apresentavam algum tipo de vantagem para seu primitivo grupo populacional.
  • É o caso de cidades que se localizam às margens de mares e de rios, que proporcionam alimentação e facilidade de transporte, por exemplo. Mas é também o caso de cidades que surgiram em torno de castelos, nos entroncamentos de estradas ou em rotas comerciais, que ofereciam respectivamente garantia de segurança, facilidade de deslocamento ou oportunidade de negócios. Alguns exemplos: Londres (Reino Unido), Moscou (Rússia), Paris (França), Rio de Janeiro e São Paulo (Brasil).
  • cidades planejadas: aquelas que são intencionalmente criadas em locais previamente escolhidos, implantadas em períodos temporais relativamente breves, com finalidade de caráter geopolítico.

    Em geral, as cidades planejadas têm seu planejamento rapidamente atropelado pelo crescimento populacional, o que faz o traçado original sucumbir diante da espontaneidade com que a população se espalha pelo seu entorno ou por seu interior.

    O exemplo máximo que se poderia dar do fenômeno, em termos brasileiros, é Brasília, planejada para acolher 500 mil habitantes, mas já teve esse número multiplicado por quatro, de acordo com o censo de 2000.

    Outros exemplos: Camberra (Austrália), Islamabad (Paquistão), Belo Horizonte e Goiânia (Brasil).


    Função principal

    Este é um outro critério de classificação das cidades que leva em conta fatores de ordem política, econômica, histórica ou cultural. É essencial atentar para o adjetivo "principal", pois as cidades não apresentam uma função única, porém uma que predomina sobre as demais. Por sua função principal, podem-se distinguir as cidades a partir das seguintes categorias:


  • Político-administrativas: Washington (EUA), Berlim (Alemanha), Brasília (Brasil);

  • Industriais: Detroit (EUA), Manchester (Reino Unido), Volta Redonda (Brasil);

  • Portuárias: Roterdã (Holanda), Hamburgo (Alemanha), Santos (Brasil);

  • Religiosas: Jerusalém (Israel); Varanasi (Índia), Aparecida (Brasil);

  • Históricas: Atenas (Grécia), Florença (Itália), Ouro Preto (Brasil)

  • Tecnológicas: Boston (EUA), Bangalore (Índia), Campinas (Brasil)

  • Turísticas: Miami (EUA), Katmandu (Nepal), Salvador (Brasil) No entanto, é muito importante observar que são várias as cidades multifuncionais onde vários das funções acima mencionadas podem ser observadas simultaneamente e é impossível se dizer que uma predomina sobre a outra. Tome-se como exemplo o caso de Jerusalém, capital de Israel e, portanto, sua sede político-administrativa. Jerusalém é ainda, inquestionavelmente, uma cidade em que os aspectos religiosos, históricos e turísticos merecem destaque. Do mesmo modo, o Rio de Janeiro, no Brasil, que já foi a capital federal, continua sendo a sede político-administrativa do Estado do Rio de Janeiro, é um pólo turístico internacional, concentra indústrias e conserva sítios históricos de importância ímpar.

    Conurbação, metrópoles e megalópoles

    No estudo das cidades, deve-se levar em consideração dois fenômenos que permitem estabelecer outras possibilidades de classificação. Em primeiro lugar, deve-se saber que a expansão horizontal de um sítio urbano (a área efetivamente ocupada pela cidade) pode fazer com que ele se junte e misture a outro sítio urbano, de modo que seus limites geográficos mal podem ser distinguidos. A esse fenômeno dá-se o nome de conurbação e é ele quem gera as metrópoles, ou seja, a união de várias cidades que funcionam, na prática, como uma única cidade. Diversas capitais brasileiras já passaram pelo fenômeno e constituem regiões metropolitanas, embora a metrópole brasileira por excelência seja a Grande São Paulo, cujo núcleo é formado por São Paulo/Capital e o ABCD (Santo André, São Bernardo, São Caetano e Diadema), embora conte, em seu total, com 39 cidades. Nos países desenvolvidos, as regiões metropolitanas podem estar de tal forma interligadas e existir entre elas tamanha circulação de pessoas, serviços, mercadorias, capital e informações que se formam as megalópoles. Nos Estados Unidos, por exemplo, considera-se uma megalópole Bos-Wash, a região que se estende de Boston a Washington, incluindo grandes metrópoles como Nova York, Newark, Filadelfia e Baltimore.

    Redes urbanas

    Considerando-se que as cidades não estão isoladas, mas obrigatoriamente estabelecem relações com outras, pode-se porceder uma nova classificação e uma hierarquia entre diversos centros urbanos. Para isso, leva-se em conta, sobretudo, a importância e a influência econômica que uma cidade exerce em sua relação com as outras.

    Assim, pode-se falar em metrópoles nacionais, como São Paulo e o Rio de Janeiro; metrópoles regionais, como Recife e Porto Alegre; em centros regionais, como Ribeirão Preto, no norte de São Paulo, ou Vitória da Conquista, no sul da Bahia; ou em cidades locais, que constituem a grande maioria das cidades de qualquer país.

    Uma última distinção pode ser estabelecida no que se refere às metropoles. Elas podem se caracterizar como:


  • Cidades globais: aquelas em que se concentra a movimentação financeira, onde se situam as sedes de grandes empresas ou escritórios filiais de multinacionais, importantes universidades e centros de pesquisa. Elas dispõem da infra-estrutura necessária para a realização de negócios nacionais e internacionais, como aeroportos e/ou portos, bolsas de valores e avançados sistemas de telecomunicações, além de uma ampla rede de hotéis, bancos, centros de convenções, de eventos e de comércio.


  • Megacidades: são cidades com mais de 10 milhões de habitantes. Sendo o conceito de megacidade meramente populacional, ele pode se mesclar ao de cidade global. Nova York (EUA), Tóquio (Japão) e São Paulo (Brasil) são simultaneamente cidades globais e megacidades. A Europa apresenta diversas cidades globais que, entretanto, não são megacidades: Londres (Reino Unido), Paris (França), Milão (Itália), Frankfurt (Alemanha). A Ásia concentra diversas megacidades que, contudo, não são cidades globais: Pequim (China), Nova Délhi, Calcutá e Mumbai (Índia), Karachi (Paquistão). Na África, Lagos (Nigéria) é uma megacidade.




  • quarta-feira, 23 de junho de 2010
    Posted by Francisco Geo

    Quem sou eu

    Formado pela Universidade Federal Fluminense (UFF)(Licenciatura), Bacharel em Geografia pela Universidade Federal Fluminense (UFF), Curso de extensão em O&M pela Fundação Getúlio Vargas, Pós-graduado em gestão ambiental pela Ferlagos, Professor da rede estadual do Estado do Rio de Janeiro e da rede particular, professor de curso preparatório militar, cursos pré-vestibular.

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