Exercícios:
1 - Vinte e sete dias por ano preso em um congestionamento? Pois esta é a média de
dias que a população da cidade de São Paulo perde por ano em congestionamentos
diários de 2 horas e 42 minutos. O tema não sai dos noticiários, nem das rodas
de conversas entre paulistanos. E, assim, constitui-se uma espécie de percepção
pública da crise de mobilidade na cidade como “problema de trânsito”. Será?
A
ideia de que nosso problema principal é o “congestionamento” oculta diferenças
significativas nas dimensões e significados políticos da crise. Quero crer que
nossa crise principal não é de trânsito, e sim do sistema geral de mobilidade da
cidade, o que inclui o transporte coletivo e os chamados modos não motorizados,
como os deslocamentos a pé e por bicicleta.
Sendo assim, não por acaso o tema
da mobilidade se apresenta como “congestionamento”: esta visão expressa a
captura da política de circulação pelas intervenções na ampliação física e
modernização da gestão do sistema viário, em detrimento da ampliação e
modernização dos transportes coletivos. Mais alargamento de avenidas, mais
túneis e viadutos, mais zona azul, mais radares e lombadas eletrônicas… e nada
de um modelo de transporte coletivo integrado, confortável e
barato.
Disponível em:
a) Por que prevalece a ampliação
física e modernização da gestão do sistema viário, em detrimento da ampliação e
modernização dos transportes coletivos?
De acordo com um estudo do
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), nos últimos 15 anos, aumentou o
transporte individual motorizado no Brasil, enquanto houve uma redução no uso do
transporte coletivo, o que, do ponto de vista da eficiência energética e
ambiental, é uma tendência bastante preocupante.
Disponível em:
b) Cite um impacto ambiental provocado
pelo aumento do transporte individual motorizado no Brasil.