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- TRANSPORTES NO BRASIL - ATENÇÃO 2001/2002
Posted by : Francisco Geo
terça-feira, 17 de outubro de 2017
O rodoviarismo no Brasil tornou-se uma política predominante
no modal de transportes brasileiro, sobretudo a partir de meados do século XX.
O Brasil começou a investir, realmente, em
rodovias somente ao longo do século XX. O auge dessa política veio com o governo JK, pois o processo de industrialização do Brasil, naquela época,
demandava uma maior integração territorial, o que incluía, sem dúvidas, uma
rede de transporte articulada por todo o território nacional.
·
Juscelino Kubitschek trouxe para o país a
indústria automobilística, construiu a capital Brasília no interior do espaço
brasileiro e promoveu a construção de várias rodovias importantes, essas
ocupando praticamente todo o orçamento então destinado a transportes
terrestres.
·
É o meio responsável pela maior parte dos fluxos
de bens e pessoas no país, que priorizou a sua construção para favorecer as
empresas estrangeiras do setor automobilístico e promover a entrada delas no
país. A expectativa era estruturar o modal rodoviário a fim de propiciar a
construção de polos industriais de automóveis no Brasil com o objetivo de
ampliar a geração de empregos, embora hoje as indústrias desse setor empreguem
cada vez menos trabalhadores, em função das novas tecnologias fabris.
Vantagens
- · Agilidade e rapidez na entrega da mercadoria em curtos espaços a percorrer.
- · Vendas que possibilita a entrega na porta do comprador.
- · Sistema porta a porta.
- · Implantação rápida e em geral mais barata.
·
Desvantagens
- · As estradas costumam ter um custo de manutenção mais elevado do que outros meios de transporte, como o ferroviário e o hidroviário, além de um maior gasto com combustíveis e veículos.
- · A qualidade das rodovias no Brasil é bastante ruim, além da larga quantidade de estradas não pavimentadas.
- · Elas oneram os gastos públicos, que muitas vezes não conseguem atender às necessidades principais, fator que não se modifica nem com as privatizações, uma vez que as concessões costumam ocorrer apenas com as estradas que já estão prontas e estruturadas.
- · Baixa capacidade no transporte de carga, quando comparado às hidrovias e ferroviárias.
- · Altos custos (combustíveis)
- · Emissão de gases (queima de combustíveis fósseis)
Ferrovias
O transporte ferroviário no Brasil foi predominante até o final do século XIX,
quando estruturava os deslocamentos de mercadorias da economia cafeeira, sendo,
por essa razão, bastante consolidado na região Sudeste.
Apesar
dos elevados custos em suas construções, possuem baixos gastos em manutenção, o
que não impediu que, de 1950 até os dias atuais, várias delas fossem sucateadas
e até desativadas.
Vantagens
- · Alta capacidade de carga.
- · Rapidez no trajeto.
- · Menos consumo de combustível.
- · Menor custo de manutenção comparado as rodovias.
- · Não geram congestionamento.
Desvantagens
- · Altos custos de implementação.
- · Baixa flexibilidade.
Após
a privatização de boa parte das ferrovias nacionais na década de 1990 e da
derrocada da Rede Ferroviária Federal (RFFSA), empresa estatal responsável por
administrá-las, a participação das ferrovias no Brasil até aumentou, apesar de
atender interesses e deslocamentos muito específicos e limitados. Ainda hoje, a
malha ferroviária nacional concentra-se nas regiões Sul e Sudeste.
A
principal ferrovia no Brasil em construção é a Ferrovia Norte-Sul, que já
possui algumas áreas concluídas e em operação (ou com uso e operação a serem
efetuados em breve).
Corredor
Bioceânico é o termo com o qual se batizou o projeto de ligação por
meio de ferrovias e rodovias os países do MERCOSUL e também o
Chile, destinado a incrementar as comunicações entre os países da região,
fomentando assim maior comércio, infraestrutura e desenvolvimento. As
extremidades do corredor localizariam-se justamente em portos de ambas as
costas, tanto para o Oceano
Atlântico como para o Pacífico,
justificando assim a caracterização "bioceânico".
Hidroviário
Transporte hidroviário é o que possui
a menor representatividade e participação nos sistemas de deslocamento
nacional, o que é uma grande contradição, haja vista o grande potencial que o
país possui para esse modal.
No Brasil, a rede hidroviária é muito
ampla e muitos rios são navegáveis sem sequer exigir a construção de grandes
empreendimentos e estruturas, como obras de correção e instalação de
equipamentos.
A partir dos anos 1980 e sobretudo
após a criação do Mercosul, que passou a exigir mais das hidrovias para a
integração do Cone Sul, os investimentos públicos nessa área elevaram-se, mas
ainda são insuficientes. As principais hidrovias do Brasil são a Tietê-Paraná,
a do Rio São Francisco, a do Amazonas, entre outras.
Vantagens
- · Alta capacidade no transporte de carga.
- · Baixo consumo de combustível.
- · Possibilita a integração continental.
Desvantagem
- · Investimento inicial alto, com a infraestrutura portuária e embarcações.
- · Custos operacionais e de manutenção também elevados.
- · Transportes mais lento.
- · Problemas ambientais como a construção de portos, alargamento de canais, vazamento de combustíveis.
- - O potencial hidroviário é muito mal aproveitado. Portos pequenos. Pouco mecanizado.
Aéreo
Apesar de percorrer grandes distâncias
(nacionais e internacionais) em tempo reduzido, o transporte aéreo não é muito
indicado para transportar grandes cargas. De tal modo, é indicado para transportar
cargas pouco volumosas, sendo utilizado geralmente para transportes de produtos
perecíveis, cargas urgentes e objetos valiosos.
Desvantagem do transporte aéreo - são
os altos custos de manutenção, implementação, fretes e combustíveis em relação
aos outros meios de transportes.
Fontes: