Posted by : Francisco Geo sábado, 26 de abril de 2014



A Ucrânia é uma república localizada na Europa Oriental. Sua capital é Kiev. Possuem 24 regiões administrativas, uma república autônoma denominada Criméia no qual nos últimos informes passou a pertencer à Rússia.

Vamos à crise

A Ucrânia compunha uma das repúblicas que formavam durante a guerra fria a URSS.
A Ucrânia fica independente em 24 de Agosto de 1991. O Conselho Supremo declarou a independência da Ucrânia, confirmada por um referendo nacional de 1 de Dezembro de 1991.

Formou-se então um sistema político-democrático, consagrada na Constituição de 1996. Reformas inconsistentes nos anos 90 conduziram até à crise profunda na economia do país, que complicou a situação política. A transição de sua economia para economia de mercado levou ao agravamento da situação econômica e social.

Quando houve o fim da Guerra Fria, a região da Criméia até então pertencente a URSS, passou a pertencer a Ucrânia mantendo a ela certa autonomia. A Criméia tem uma população de origem russa, seu idioma é o russo e mantém estreitos laços econômicos com a Rússia. Eles têm a Rússia com pátria-mãe.



Com o fim da URSS, rapidamente foi cria a CEI – Comunidade dos Estados Independentes – Percebemos nesse momento que mesmo com o fim da URSS, a Rússia pretende manter grande parte das antigas repúblicas sobre sua esfera política.

Para entendermos melhor tudo o que envolve essa crise ucraniana, devemos ter em mente que há em jogo uma disputa entre Rússia e União Europeia envolvendo gás natural, uma vez que o gás russo, que passa pelo território ucraniano, abastece quase 25% do território da Europa. Isso dá aos russos uma grande vantagem estratégica, pois várias vezes eles se utilizam dessa situação, ameaçando cortar o fornecimento ou aumentar o preço.

Já teve uma situação semelhante no caso da Geórgia onde também tivemos uma crise e o clima de quase uma guerra, em razão da ocupação da Ossétia do Sul. Com o fim da URSS essa região declarou independência em 1992, porém foi reprimida pelos governos que se sucederam na Geórgia. A maioria da população da Ossétia do Sul é de origem russa. Sendo assim, a Rússia se achou no direito de invadir alegando defender seu povo.

O ataque russo a essa região foi na verdade uma resposta a diversas ações político-militares imposta pelo governo da Geórgia. Ações essas bastante repressivas. A Geórgia em 7 de agosto enviou tropas à Ossétia para ocupar a região separatista, com apoio daqueles que se acham o dono do mundo, pois certamente tem seus interesses na região que também sofre grande influência da Rússia. Os dois países se acusavam. Os russos diziam que os georgianos promoviam perseguições aos russos e por sua vez os georgianos acusavam os russos de incentivar a população da Ossétia do Sul a exterminar os cidadãos georgianos aí residentes.

A Rússia chegou a avançar dentro do território da Geórgia. O conflito chega ao fim após a assinatura de um acordo de paz firmado entre os dirigentes dos dois países. Sempre bom lembrar que Vladimir Putin aparece por trás do presidente da Rússia como o homem forte dessa República.

No final do ano em 2013, temos uma onda de manifestações pelo fato do presidente da época Viktor Yanukovich por não ter assinado um acordo de livre comércio com a União Europeia. Atendendo dessa forma o pedido de Moscou. Em razão da recusa do governo em se aproximar da União Europeia, mantendo-se aliado à Rússia, parte da população pró-ocidente saiu às ruas, em violentas manifestações, nas quais os embates com as tropas do governo levaram à morte de dezenas de civis, o que fez com que Yanukovich deixasse o governo, sendo destituído pelo Parlamento ucraniano.

Nesse momento de impasse temos a formação de um governo que na verdade não satisfaz os russos. Os russos também consideram que a saída de Viktor Yanukovick na verdade para eles foi um golpe de Estado. A tensão aumenta. O presidente da Rússia reage dizendo que houve um interesse em favor do Ocidente visando vantagens na comercialização do gás.
Quando houve a saída Viktor Yanukovick que agradava o povo da Criméia, a tensão passou a ser maior ainda. As manifestações em favor da Rússia na Criméia tornam-se violentas, vão a rua e manifesta o desejo de anexar-se a Rússia. Promovem um plesbicito.
O resultado não agrada Kiev e com isso as suas forças armadas tenta impedir a anexação da Criméia a Rússia. A Rússia por sua vez responde com sua força militar.

Como reage o mundo?

Os EUA reagem pronunciando que pode vir a tomar medidas como sanções econômicas contra a Rússia e que tal conflito pode levar o fim da diplomacia entre os dois países. O Grupo dos setes países mais ricos do mundo pede uma saída diplomática para a crise. Quanto a OTAN, ela não descarta sua participação caso haja uma guerra.
Com a anexação da Criméia a Rússia e o posicionamento do dirigente russo, o G-7 acabou por expulsar a Rússia e assim o G-8 que incluía a Rússia por questões militares e não econômicas deixa de existir e temos de volta o G-7.

Fontes:
pt.wikipedia.org/wiki/Crise_da_Crimeia_de_2014
www.bbc.co.uk/portuguese/.../140325
estratégias concursos

A nova democracia

Leave a Reply

Subscribe to Posts | Subscribe to Comments

Quem sou eu

Formado pela Universidade Federal Fluminense (UFF)(Licenciatura), Bacharel em Geografia pela Universidade Federal Fluminense (UFF), Curso de extensão em O&M pela Fundação Getúlio Vargas, Pós-graduado em gestão ambiental pela Ferlagos, Professor da rede estadual do Estado do Rio de Janeiro e da rede particular, professor de curso preparatório militar, cursos pré-vestibular.

Artigos populares

Tecnologia do Blogger.

- Copyright © Geografia para todos -Metrominimalist- Powered by Blogger - Designed by Johanes Djogan -