Posted by : Francisco Geo quarta-feira, 21 de agosto de 2013


O Espaço Geográfico Industrial

O termo indústria é utilizado para indicar a fabricação quase sempre por máquinas.

Existem vários tipos de indústrias e todas possuem profunda interdependência.

O Processo de produção passa por várias etapas. Inicia-se com a extração da matéria-prima (setor primário), passa pela transformação até chegar ao produto final.

Observamos agora as formas de organização de produção:

- Sistema de produção familiar – trabalho familiar
·     

  •     A população vivia no campo – produção familiar atendia as necessidades da família. Esse sistema é denominado de subsistência.

- Século X – o feudalismo – ocorre transformações na forma de produzir e viver:


  • aperfeiçoamento das ferramentas
  • generalização do uso do ferro
  • uso de novas técnicas
  • melhorias das técnicas
  • surgimento de novos produtos

Obs.: o produto colocado a venda torna-se mercadoria.

- Os artesãos organizam-se em associações – corporações de ofício:

·         sistema de produção artesanal

- oficinas

- contratação de aprendizes

- Os artesãos são donos das ferramentas e das matérias-primas.

- A produção é voltada para o burgo.

Grandes Navegações – sistema de produção mercantil-doméstico.
  • Mestres-artesãos já não tinham tanta liberdade. Dependiam da burguesia (parte) do comércio que já estava bastante internacionalizado.
- Ocorre um aumento do tamanho dos mercados consumidores e há uma busca constante de mercadorias diversificadas. Essas situações apresentadas, tornam os artesãos  cada vez mais dependentes do comerciantes.

Os comerciantes controlam as matérias-primas. Temos a formação de Ligas (associações de comerciantes). A que dominava o comércio do norte europeu era a Hanseática.

PRIMEIRA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL - Meados do Século XVIII
CARACTERÍSTICAS:


  • produção têxtil
  • teve como base o ferro
  • carvão mineral
  • algodão
  • surge uma classe operária
·         Péssimas condições de trabalho e moradia
·         Ausência de legislação trabalhista, longas jornadas de trabalho.

SEGUNDA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL – Século XIX
CARACTERÍSTICAS


  • Novos combustíveis (eletricidade, petróleo)
  • Uso do aço
  • Criação de motores a explosão
  • Construção ferroviária
- No final do século XIX, foi inventado o sistema de produção em linha.

Fordismo é um sistema de produção, criado pelo empresário norte-americano Henry Ford, cuja principal característica é a fabricação em massa. O estadunindense Henry Ford aperfeiçoou um sistema, criando uma linha de produção de automóveis: sistema de esteira, operário especializado em uma função, produção em massa, no final o carro sai todo pronto.

No mesmo período mais ou menos o engenheiro Frederick Winslow Taylor criou o que chamamos de Organização Científica do Trabalho que mais tarde ficou conhecido como Taylorismo.
Criou métodos que controlavam os movimentos dos operários e das máquinas, procurando aumentar o seu rendimento pelo aumento da velocidade da linha produção e pela eliminação de movimentos inúteis.

TERCEIRA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

Início na década de 1970, tendo por base a alta tecnologia, a tecnologia de ponta (HIGH-TECH). As atividades tornam-se mais criativas, exigem elevada qualificação da mão-de-obra e têm horário flexível. E uma revolução técnico-científica, tendo a flexibilidade do toyotismo. As características do toyotismo foram desenvolvidas pelos engenheiros da Toyota, indústria automobilística japonesa, cujo método foi abolir a função de trabalhadores profissionais especializados para torná-los especialistas multifuncionais, lidando com as emergências locais anonimamente.


  • alta tecnologia
  • uso da informática, radio e televisão
  • substituição da mão-de-obra por trabalho robóticos
  • Toyotismo
O que é Just in Time?

É um modelo de gestão adotado pelo Japão faz sucesso em todo o mundo.

O Just-in-time é uma proposta de reorganização do ambiente produtivo assentada no entendimento de que a eliminação de desperdícios visa o melhoramento contínuo dos processos de produção, é a base para a melhoria da posição competitiva de uma empresa, em particular no que se referem os fatores com a velocidade, a qualidade e o preço dos produtos.

Em linhas gerais, a indústria sueca é caracterizada endogenamente altíssimo grau de informatização e automação e exogenamente pela forte presença dos sindicatos trabalhistas e mão-de-obra altamente qualificada. No caso das fábricas da Volvo, é ainda marcada por um alto grau de experimentalismo, sem o qual talvez não fosse possível ter introduzido tantas mudanças.

Volvismo

Surgiu como resultado de várias inovações conjuntamente postas em prática, com a particularidade da participação constante dos trabalhadores.

As exigências do mercado competitivo forjaram melhorias, mas o que fez a diferença no caso da Volvo foi claramente características particulares da sociedade sueca.

Além dos sindicatos fortes, o alto grau de automação das fábricas no país faz com que desde há tempos os jovens rejeitem serem vistos como “acessórios das máquinas”, como no taylorismo o seriam.
Isso gerou mudanças estruturais: nessa linha, o operário tem um papel completamente diferente daquele que tem no fordismo, e ainda mais importante que no toyotismo: aqui é ele quem dita o ritmo das máquinas, conhece todas as etapas da produção, é constantemente reciclado e participa, através do sindicatos, de decisões no processo de montagem da planta da fábrica (o que o compromete ainda mais com o sucesso de novos projetos).

Essa nova forma de organização da produção promove algumas consequências como crescente terceirização das atividades de apoio à produção e distribuição e elevados níveis de concentração de capitais com formação de conglomerados.

Algumas situações que observamos hoje no quadro mundial em razão dessas profundas mudanças nas relações de trabalho é uma maior flexibilização do mercado de trabalho que obriga a PEA a ter maior nível de especialização e exigências dos melhores empregos no Setor Terciário.

A liberação da mão de obra da indústria nos países emergentes acabou somando-se a do campo, graças a mecanização do campo. Isso já ocorre ao contrário nos países desenvolvidos. Observamos uma migração da População Ativa para o setor terciário, que hoje emprega a maior parte da população adulta.
Sobre a industrialização do Brasil podemos afirmar que o Estado promoveu o processo de industrialização, criando as primeiras indústrias de base: CSN, Vale do Rio Doce, FNM e Conselho Nacional do Petróleo.

Não devemos esquecer que a Primeira Grande Guerra Mundial trouxe pra o Brasil uma importante consequência econômica como o desenvolvimento de um surto de substituição de importações. Isso resulta no surgimento das primeiras indústrias de bens de consumo não-duráveis.
JK abre as portas ao capital estrangeiro e aqui chegam as multinacionais. As indústrias automobilísticas ganham espaço e com isso o rodoviarismo ganha espaço a partir do Plano de Metas (50 anos em 5).
Vamos agora entender um pouco de termos econômicos e jurídicos que explicam a forma desses processos de monopolização.

- TRUSTES:

Empresas que abrem mão de sua independência legal e se unem para constituir uma única organização. Os trustes podem ser:
- Horizontal: constituído por empresas que trabalham com o mesmo ramo de produtos. Por exemplo, empresas de laticínios, Kaiser e Ambev.
- Vertical: formado por empresa que cuidam de todo processo de produção: desde a matéria-prima até o produto acabado. Por exemplo, uma empresa que controla desde a plantação de cana-de-açúcar até a produção industrial de açúcar e álcool, Souza Cruz.

- HOLDINGS:

É o estágio mais avançado do capitalismo. Numa holding, uma empresa, criada para administrar outras, possui maior número das ações. As grandes corporações usam essa forma de administração.

- CARTÉIS:

Formado por empresas independentes, que fazem produtos semelhantes e têm acordos para dominar o mercado des­­­­­­­­­­­­ses produtos, como, por exemplo, fabricas de veículos, empresas de tabacos, de exploração de petróleo, etc­­.

NOTA
A Revolução Industrial ocorreu na Europa em razão de uma mão de obra abundante que foi proporcionado pelo processo de urbanização, seguido pela forte ampliação dos mercados consumidores internos, em razão da crescente massa operária assalariada. Temos o acúmulo de capital que deu-se pelo longo processo de exploração das suas colônias. Matérias-primas a vontade em razão das colônias ou ex-colônias. O investimento em novas tecnologias o que possibilitou a invenção de máquinas e equipamentos.

As indústrias europeias no primeiro momento vão se localizar próximo as jazidas de carvão e de ferrovias.
Mais tarde com a invenção da energia elétrica e a melhoria na rede de transportes, a localização das indústrias ficou mais livre.


Leave a Reply

Subscribe to Posts | Subscribe to Comments

Quem sou eu

Formado pela Universidade Federal Fluminense (UFF)(Licenciatura), Bacharel em Geografia pela Universidade Federal Fluminense (UFF), Curso de extensão em O&M pela Fundação Getúlio Vargas, Pós-graduado em gestão ambiental pela Ferlagos, Professor da rede estadual do Estado do Rio de Janeiro e da rede particular, professor de curso preparatório militar, cursos pré-vestibular.

Artigos populares

Tecnologia do Blogger.

- Copyright © Geografia para todos -Metrominimalist- Powered by Blogger - Designed by Johanes Djogan -