Archive for agosto 2015
Vamos entender um pouco sobre o Oriente Médio.
Vamos tirar aquelas pequenas dúvidas sobre
essa região.
Quem é quem.
- Quem são os Israelenses?
. Indivíduo habitante
ou natural do Estadão de Israel. Observando que aquele que se tornou cidadão
dessa nação é reconhecido como israelense.
- Quem são os judeus?
. Denominação dada ao indivíduo que pratica o judaísmo. O
judaísmo é uma religião monoteísta, com crença no Deus Yaveh. Os judeus são
membros de um grupo ligados por uma fé e uma história em comum que é narrada no
Antigo Testamento.
. Atualmente, o número de judeus é de aproximadamente de 13,8
milhões.
Fonte: Agência EFE o demógrafo Sergio della Pergola,
pesquisador da Universidade Hebraica de Jerusalém.
No Brasil é de 107.331 pessoas se declaram judeus segundo o
censo demográfico IBGE/2010.
. O Cristianismo tem suas bases no Judaísmo. O próprio Jesus
era judeu de nascimento. Seus 12 discípulos também. Os Dez Mandamentos são as
normas religiosas e morais, básicos do judaísmo.
- Quem são os
Israelitas?
São aqueles que descendem de Israel, neto de Abraão. É uma
denominação mais histórica e política do que religiosa. Um pouco da história.
Israel teve 12 filhos que deram origem às 12 tribos hebraicas. São eles: Rubem,
Simeão, Judá, Zabulão, Issachar, Dan, Gad, Aser, Neftali, José e Benjamin, as
quais deram origem aos israelitas.
- Cisma Hebraica – Com a morte do de Salomão, no
século X a.C., e por dificuldades políticas e econômicas, a monarquia
israelita, que centralizava as 12 tribos, foi divida em dois reinos distintos:
. ao sul da Palestina, formada por duas tribos, Benjamin e
Judá, que praticavam agricultura e pastoreio, estavam no Reino de Judá. Eram
tradicionais em relação à religião monoteísta, por isso a generalização da
denominação judeu.
. ao norte da Palestina, formada por 10 tribos que praticavam
o comércio, o Reino de Israel. Estavam mais ligados às raízes políticas do povo
de Israel, por isso israelitas.
- Quem são os árabes?
Povo originário da Arábia e, também, indivíduo de outras
origens étnicas que ficaram sob dominação cultural e religiosa dos árabes,
ocasionada pela expansão da religião islâmica efetuada pelos sucessores do
profeta Maomé.
- Quem são os
Muçulmanos?
. São pessoas que professam o islamismo, religião monoteísta
com crença no Deus Alá, que foi fundada por Maomé no século XII d.C., e que tem
as bases no judaísmo e no cristianismo.
. Xiitas - é uma facção muçulmana que defendia a ideia de que
deveriam ser califas legítimos apenas aqueles que fossem descendentes do califa
Ali, genro de Maomé. São também aqueles que acreditavam no Alcorão como única
obra sagrada. Os xiitas concentram-se no Irã, onde o islamismo é religião
oficial desde o século XVI.
. Sunitas – são os muçulmanos conhecidos como gente de
tradição e seguem os fundamentos do Alcorão e, depois da Suna que é uma obra
que contém os ditos e feitos de Maomé.
Urbanização no Brasil
É o aumento da proporção da população que vive
nas cidades em relação à que vive no campo. No Brasil o processo de urbanização
iniciou-se no século XX. Deu-se em razão doo processo de industrialização. Podemos
afirmar que funcionou como um dos principais fatores para o deslocamento da
população da área rural em direção a área urbana, o que chamamos de êxodo rural.
Acabou provocando a mudança de
um modelo agrário-exportador para um modelo urbano-industrial. Hoje, mais de
80% da população brasileira vive em áreas urbanas o que equivale aos níveis de
urbanização dos países desenvolvidos. O processo de urbanização atualmente é
mais acelerada, em países em desenvolvimento, como o Brasil. A partir de 2008,
a população urbana mundial é maior que a rural, e essa proporção continua
crescendo.
Vamos observar como a
evolução do Brasil no processo de urbanização:
1950 – Brasil rural – A nossa política agroexportadora
predominava principalmente com a exportação do café.
Com o processo de industrialização na década de 1930,
observamos uma saída do homem do campo para as cidades.
Então podemos afirmar que o processo de Êxodo Rural, está associado como foi dito acima, ao início do nosso
processo de industrialização como também, a mecanização do campo assim como a
nossa estrutura fundiária que permanece concentrada.
Em 1940, somente 31%
da população viviam nas cidades. A intensificação do processo de urbanização do
Brasil está associada a industrialização promovida pelo Estado, representado
por Getúlio Vargas com a criação das primeiras indústrias de base e por
Juscelino Kubitschek que abriu as portas ao capital estrangeiro, atraindo
indústrias de bens de consumo duráveis e gerando assim a formação de um mercado
interno integrado na região Sudeste, tornando-a uma área de atração para os
brasileiros de outras regiões.
A região Sudeste por apresentar melhor infraestrutura, o que
dava condição para a concentração de indústrias, acaba promovendo uma forte
A partir de 1970, mais da metade dos
brasileiros já se encontrava em áreas urbanas, cuja oferta de emprego e de
serviços, como saúde, educação e transporte, eram maiores. Em 60 anos, a
população rural aumentou cerca de 12%, enquanto que a população urbana passou
de 13 milhões de habitantes para 138 milhões, um aumento de mais de 1.000%.
O processo de urbanização no Brasil ocorreu de maneira rápida
e desordenada, ao longo do século XX, com a grande migração da população, que
trocou o meio rural pelas novas oportunidades oferecidas pelas cidades.
O crescimento e o desenvolvimento do Brasil impulsionaram o
surgimento de diversas cidades, principalmente com a implementação de variadas
indústrias, que possibilitaram novos empregos, atraindo a população que vivia
no campo para a cidade.
O processo de urbanização do Brasil, não ocorreu da mesma forma
em todo o país. Algumas regiões brasileiras urbanizaram-se mais do que outras
em razão das políticas públicas (que incentivaram determinadas áreas e outras
não).
As regiões Sul e Sudeste destacam-se porque possuem uma
concentração maior de áreas urbanas.
Infelizmente a falta de planejamento urbano e o crescimento
acelerado trouxeram algumas consequências para esses centros urbanos, tais
como:
- · problemas de saneamento básico (como tratamento de distribuição de água e esgoto), congestionamento (em razão da falta de espaço nas ruas);
- · falta de moradias o que gera o surgimento das favelas;
- · a economia informal como diarista, ambulantes, flanelinhas crescem;
- · aumento da marginalidade, tráfico de drogas e usuários e prostituição;
- · poluição ambiental, falta de áreas verdes (como praças e bosques);
- · indústrias e residências na mesma área (ocasionando problemas ambientais e de saúde), barulho, violência;
- · Crescimento da mendicância;
Tudo isso resultam em má qualidade de vida para a sociedade.
Vamos agora por tópico:
Favelização:
São ocupações irregulares nas principais capitais
brasileiras, como Rio de Janeiro e São Paulo, serão fruto do grande fluxo
migratório em direção às áreas de maior oferta de emprego do país. A falta de
uma política habitacional acabou contribuindo para o aumento acelerado das
favelas no Brasil.
A questão da Violência
Urbana
Mesmo com o
crescimento industrial do país e com a grande oferta de emprego nas cidades do
sudeste, não havia oportunidades de emprego o bastante para o grande fluxo
populacional que havia se deslocado em um curto espaço de tempo. Por essa
razão, o número de desempregados também era grande, o que passou a gerar um
aumento dos roubos, furtos, e demais tipos de violência relacionadas às áreas
urbanas.
Questão ambiental
A questão da Poluição
O grande número de indústrias, automóveis e de habitantes vai impactar o aumento das emissões de gases poluentes, assim como com a contaminação dos lençóis freáticos e rios dos principais centros urbanos.
Enchentes – A impermeabilização do solo pelo asfaltamento e
edificações, associado ao desmatamento e ao lixo industrial e residencial,
fazem com que o problemas das enchentes seja algo comum nas grandes cidades
brasileiras.
Ocorreu no Brasil o planejamento urbano para a criação de algumas
cidades, onde destacamos a capital federal, Brasília. O planejamento urbano
serve para evitar os problemas que ocorrem com as cidades que crescem
rapidamente e não têm um acompanhamento adequado.
Esses centros planejados possuem estudos para fluxos de automóveis
(que evitam o congestionamento), bairros para moradias, distritos industriais
separados das moradias, áreas verdes, entre outros pontos fundamentais para
oferecer uma melhor qualidade de vida para a população que ali habita.
Observamos agora as
desigualdades
As desigualdades econômicas e a dificuldade de determinadas
regiões em se inserirem na economia nacional, possibilitou a ocorrência de uma
urbanização diferenciada em cada uma das regiões brasileiras.
A região Sudeste, por concentrar a maior parte das indústrias
do país, foi a que recebeu grandes fluxos migratórios vindos da área rural,
principalmente da região nordeste. Ao analisarmos a tabela abaixo, observamos
que o Sudeste é a região que apresenta as maiores taxas de urbanização dos
últimos 70 anos. A partir de 1960, com 57%, foi a primeira região a registrar
uma superioridade de habitantes vivendo na área urbana em relação à população
rural.
Na região Centro-Oeste, o processo de urbanização teve como
principal fator a construção de Brasília, em 1960, que atraiu milhares de
trabalhadores, a maior parte deles vindos das regiões Norte e Nordeste. Desde o
final da década de 1960 e início da década de 1970, o Centro-Oeste tornou-se a
segunda região mais urbanizada do país.
Taxa de
Urbanização das Regiões Brasileiras (IBGE)
Região
|
1940
|
1950
|
1960
|
1970
|
1980
|
1991
|
2000
|
2007
|
2010
|
Brasil
|
31,24
|
36,16
|
44,67
|
55,92
|
67,59
|
75,59
|
81,23
|
83,48
|
84,36
|
Norte
|
27,75
|
31,49
|
37,38
|
45,13
|
51,65
|
59,05
|
69,83
|
76,43
|
73,53
|
Nordeste
|
23,42
|
26,4
|
33,89
|
41,81
|
50,46
|
60,65
|
69,04
|
71,76
|
73,13
|
Sudeste
|
39,42
|
47,55
|
57
|
72,68
|
82,81
|
88,02
|
90,52
|
92,03
|
92,95
|
Sul
|
27,73
|
29,5
|
37,1
|
44,27
|
62,41
|
74,12
|
80,94
|
82,9
|
84,93
|
Centro Oeste
|
21,52
|
24,38
|
34,22
|
48,04
|
67,79
|
81,28
|
86,73
|
86,81
|
88,8
|
A urbanização na região Sul foi
lenta até a década de 1970, em razão de suas características econômicas de
predomínio da propriedade familiar e da policultura, pois um número reduzido de
trabalhadores rurais acabava migrando para as áreas urbanas.
A região Nordeste é a que
apresenta hoje a menor taxa de urbanização no Brasil. Essa fraca urbanização
está apoiada no fato de que dessa região partiram várias correntes migratórias
para o restante do país e, além disso, o pequeno desenvolvimento econômico das cidades
nordestinas não era capaz de atrair a sua própria população rural.
Até a década de 60 a Região Norte
era a segunda mais urbanizada do país, porém a concentração da economia do país
no Sudeste e o fluxo de migrantes dessa para outras regiões, fez com que o
crescimento relativo da população urbana regional diminuísse.
Os centros de convergência das populações que saem da área
rural são as principais áreas metropolitanas do Brasil:
·
- metrópoles nacionais – Grande São Paulo e Grande Rio de Janeiro;
- metrópoles regionais – Grande Belo Horizonte, Grande Recife. Grande Porto Alegre, Grande Salvador, Grande Fortaleza, Grande Curitiba, Grande Belém e Grande Vitória.
As metrópoles são os centros de
primeira grandeza no interior da rede urbana, e exercem o papel controlador de
fluxos de capitais, mercadorias e pessoas (SCARLATTO, 1995). Constituem-se num
produto da economia de mercado, afetadas direta ou indiretamente pela
industrialização.
Nas metrópoles, onde as condições de
acumulação de capital e da reprodução da força de trabalho podem ser mais
plenamente realizadas, os processos sociais produzem forma, movimento e
conteúdo sobre o espaço urbano. Entre os processos sociais e a organização
espacial aparece um elemento mediador – os processos espaciais, responsáveis
pela organização espacial complexa das metrópoles modernas. São os processos de
centralização, descentralização, coesão, segregação, invasão-sucessão e de
inércia.
As regiões metropolitanas são conjuntos de cidades definidas
por lei e devem ser objeto de planejamento conjunto pelo poder público. As
primeiras regiões metropolitanas foram estabelecidas pela Lei Complementar 14,
de1973, em número de nove. A partir de 1988, a Constituição determinou que a
criação de regiões metropolitanas é de responsabilidade da legislação estadual.
Até 2004 foram criadas 28 regiões metropolitanas e 03 regiões de desenvolvimento
integrado – RIDE (IBGE/EMPLASA, 2007).
Para que as regiões metropolitanas sejam assim consideradas,
faz-se necessário que se constituam em áreas urbanas conurbadas, a população do
principal município seja de, pelo menos, 800 mil habitantes ou, em casos de
população inferior, que sua densidade demográfica seja igual ou maior que 60
hab./km2 e mais de 65% de sua população economicamente ativa (PEA) desenvolva
atividades urbanas e (PANGEA, 2007). A metrópole é a cidade-sede da região metropolitana.
Conurbação é o processo de integração espacial das áreas
urbanas de cidades contíguas, acarretado pela expansão populacional e espacial
decorrente do processo de urbanização.
As cidades conurbadas apresentam uma
única mancha urbana.
Megalópole refere-se à conurbação de duas ou mais metrópoles
A primeira megalópole brasileira se formaria com a ligação
das Região Metropolitana de São Paulo, Campinas e Baixada Santista, além das
cidades localizadas nos eixos rodoviários do Vale do Paraíba (Via Dutra) e da
Rodovia Castello Branco.
Vamos agora a classificações:
Grande Metrópole Nacional: A cidade de São Paulo é única nesse
nível.
Metrópole Nacional: Rio de Janeiro e Brasília são as cidades que
fazem parte desse nível.
Metrópole: São 9 cidades
nesse nível, sendo elas Manaus, Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo
Horizonte, Curitiba, Goiânia e Porto Alegre.
Capital Regional – Neste nível, são 70 cidades em que a escala
de influência restringe-se somente ao âmbito regional e estadual. Esse nível
também possui três subdivisões:
Capital Regional A: nível constituído por 11 cidades
brasileiras, com uma população média de 955 mil habitantes.
Capital Regional B: constituído por 20 cidades, com uma média de
população de 435 mil habitantes.
Capital Regional C: constituído por 39 cidades, com uma média
populacional de 250 mil habitantes.
Centro sub-regional: São 164 cidades que compõem esse nível,
sendo que a escala de influência delas gira em torno da escala regional,
geralmente nos municípios circunvizinhos. Esse nível possui duas subdivisões:
Centro sub-regional A: são 85 cidades, com uma média
populacional de 95 mil habitantes.
Centro sub-regional B: constituído por 79 cidades, com uma
população média de 71 mil habitantes.
Centro de zona – é um nível hierárquico composto por 556 cidades
de pequeno porte, com um poder de influência bem restrito a municípios
próximos, subdividindo-se em:
Centro de Zona A: formado por 192 cidades, com média
populacional de 45 mil habitantes.
Centro de Zona B: composto por 364 cidades, com a população
estando numa média de 23 mil habitantes.
Centro local – é formado pelas demais 4473 cidades brasileiras,
com um poder de influência que não extrapola seus limites municipais, com a
população sempre abaixo de 10 mil habitantes.
Cidades
Globais
Também conhecidas
como metrópoles mundiais, as cidades globais são aquelas que possuem influência
em nível mundial. Portanto, as cidades globais possuem influência nos centros
urbanos do próprio país e também em regiões de outros países do mesmo e de outros
continentes.
Importância
As cidades
globais possuem grande importância para a economia mundial. Recebem estudantes,
trabalhadores qualificados e pesquisadores do mundo todo. Geram, além de
riqueza, quantidade significativa de conhecimentos científicos de qualidade. Em
função da vida cultural dinâmica, são também importantes centros culturais,
recendo grandes quantidades de turistas anualmente. São importantes no processo
de globalização econômica e cultural, que vem ocorrendo no mundo nas últimas décadas.
Principais características:
- Elevada concentração populacional;
- Economia forte,
dinâmica e diversificada;
- Forte
urbanização;
- Mercado de
trabalho intenso, dinâmico e diversificado;
- Elevada
diversidade de serviços (administrativos, educacionais, financeiros,
científicos e tecnológicos);
- Existência de
diversificadas opções culturais (museus, galerias de arte, centros culturais);
- Existência de
instituições de ensino e centros de pesquisa de alta qualidade;
- Setor de
telecomunicações com elevado nível de desenvolvimento tecnológico;
- Bolsa de
valores com importância no mercado financeiro internacional;
- Sistema de
transportes complexos e diversificados (rodoviárias, metro, avenidas, aeroporto
internacional, etc);
- Possuem sede de
bancos e empresas multinacionais.
As cidades mais influentes do mundo foram classificadas em
três diferentes classes (Alfa, Beta e Gama). Sendo a classe Alfa as cidades de
maior influência no planeta, a Beta, intermediária, e a Gama corresponde às
cidades globais de menor expressão mundial.
Grupo Alfa – Esse grupo é representado por cidades como:
Londres, Nova Iorque, aris, Tóquio, Los Angeles, Chicago, Frankfurt, Milão.
Grupo Beta – Entre as cidades desse grupo podemos destacar:
São Francisco, Sidney, São Paulo,
Cidade do México, Madri.
Grupo Gama – É o grupo que possui a maior quantidade de
cidades, atualmente são 35, entre elas estão: Pequim, Boston, Washington,
Munique, Caracas, Roma, Berlim, Amsterdã, Miami, Buenos Aires.
Fontes:
Posted by Francisco Geo