Archive for março 2015
ESPAÇO GEOGRÁFICO RURAL
Surgem assim novas paisagens:
- Paisagem Rural
- Paisagem Urbana
- Paisagem Natural – aquela que não sofreu nenhuma ação humana. As transformações ocorrem pela ação dos elementos da natureza: furacões, chuvas, rios, neve, vulcões etc.
Esses
elementos modificam a paisagem normalmente em longos ciclos.
Quando
temos a ação humana na natureza, determinamos o espaço como “espaço geográfico”.
Dois
aspectos principais que caracterizam o chamado Espaço Geográfico:
·
As transformações
foram rápidas. Os elementos naturais foram quase que eliminados.
Como exemplo, temos os grandes centros urbanos.
Como exemplo, temos os grandes centros urbanos.
·
Organização do
espaço.
O
homem no espaço natural com funções específicas:
- Exploração de minérios
- Obtenção de água
- Produção de alimentos
- Extração de madeiras
- Lazer
- Estradas
Tudo
isso transforma os espaços naturais em espaço geográfico.
- Cada espaço geográfico tem uma função diferente e características próprias.
- A transformação do espaço natural incialmente é baseada na economia predatória:
Os grupos humanos
existentes retiram tudo que precisavam da natureza como a coleta de frutos,
raízes, caça e pesca.
-
Esse período é denominado de Período Paleolítico. Nesse período usavam-se
instrumentos e armas rudimentares, onde a maioria era feitos com pedras
lascadas (Idade da Pedra Lascada).
-
Período
Paleolítico é marcado também pela descoberta do fogo, machados e arco e
flecha.
Obs.: Os agrupamentos urbanos se deslocavam em busca de alimentos e clima
mais agradável. (Nomadismo)
-
Período
Neolítico – Idade da Pedra Polida. Característica desse período são os
agrupamentos humanos que se fixam (sedentarização), a descoberta da agricultura
e pecuária.
Obs.: Surgem os primeiros núcleos do espaço geográfico
rural.
-
Toda essa transformação, assinala a passagem da Pré-história para a História –
Produção Agrícola.
-
A partir deste momento, o homem passa a ter um domínio maior sobre a natureza
como armazenamento de cereais, frutas, carne, etc.
-
As primeiras aglomerações surgiram nos vales dos rios Nilo (África), Tigre e
Eufrates, Ganges e Amarelo.
-
Novas técnicas e invenções surgem: cerâmica, tecelagem, roda, moinhos e
fundição de metais.
-
O Espaço Rural depende da natureza. Elementos essenciais: água, alimentos e
energia.
-
Os elementos por mais artificiais que pareçam, tem como base as matérias-primas
que são provenientes da natureza.
-
O homem com essa necessidade, acabou provocando profundas transformações ao
meio.
-
As alterações foram rápidas, resultando em alguns problemas.
-
A natureza não tem tempo repor todos os recursos renováveis. Isso se deve:
- A aceleração do crescimento populacional
- Rápida urbanização
- Inserção de pessoas na sociedade de consumo
- Aumento do volume dos produtos industrializados
- O
processo é acelerado, o que resulta na dificuldade de encontrar soluções
rápidas a fim de amenizar tal impacto ao meio ambiente.
-
Muitos recursos podem vir a refletir, como exemplo, temos a questão da água em
algumas partes do mundo, inclusive no Brasil.
-
A natureza não determina o homem e nem o homem a natureza, mas há uma interelação
entre o homem e a natureza.
-
Os recursos naturais estão distribuídos de maneira irregular, o que pode
influenciar a organização socioeconômica humana.
-
As novas tecnologias tem buscado diminuir a influência da natureza sobre a
humanidade. Exemplo: irrigação em lugares desérticos.
-
Infelizmente, nem todos detém de tais tecnologias. Algumas sociedades por
possuírem mais recursos, desfrutam destas modernidades.
-
A natureza impõem limites.
·
Mesmo como toda a
modernidade, o homem não rompeu definitivamente com a natureza.
·
Existem as
barreiras climáticas, locais inóspitos que dificultam à agropecuária.
·
Alguns produtos
aqui fáceis de serem produzidos tornam-se raros em países de clima temperado.
·
Os climas representam
o limite mais evidente para a agropecuária.
·
Áreas polares, as
altas montanhas, regiões semiáridas e áridas, são difíceis para o cultivo.
Mesmo com as novas tecnologias, seus custos são altos.
Obs.: As áreas de difícil ocupação humana recebe o nome
de anecúmenos.
-
A humanidade como distribuidora de espécies:
·
Século XV temos
as grandes navegações – ocorre o processo de aceleração das espécies.
- Nos
dias de hoje, o contrabando de espécies raras, continuam, no caso para as
indústrias farmacêuticas (biopirataria).
-
A Amazônia e o Cerrado são dos dois grandes biomas brasileiros que sofrem com a
biopirataria, em razão da sua biodiversidade.
-
Os avanços tecnológicos tem permitido o processo de expansão das áreas onde são
cultivadas as diferentes espécies de vegetais:
- Aumento das áreas cultiváveis – áreas até então impróprias para o cultivo como zonas áridas e semiáridas, hoje são produtivas. Uso sistema de gotejamento, irrigação, adubação química do solo, reviramento do solo e etc.
- Aumento das áreas cultiváveis – áreas até então impróprias para o cultivo como zonas áridas e semiáridas, hoje são produtivas. Uso sistema de gotejamento, irrigação, adubação química do solo, reviramento do solo e etc.
· Aumento das áreas
cultiváveis – áreas até então impróprias para o cultivo como zonas áridas e
semiáridas, hoje são produtivas. Uso sistema de gotejamento, irrigação,
adubação química do solo, reviramento do solo e etc.
· Tudo isso,
colabora para o aumento da produtividade. As pesquisas em biotecnologia na criação
de sementes e plantas mais resistentes a pragas, evolução de técnicas e
instrumentos agrícolas.
ESPAÇO
RURAL
As
três primeiras atividades econômicas do meio rural:
- Extrativismo (vegetal e animal)
- Agricultura
- Pecuária
-
Coma Revolução Industrial, aumenta-se o cultivo de plantas (meados do século
XIX)
·
Grande crescimento
populacional – maior demanda por produtos agrícolas para a alimentação e
vestuário.
·
As áreas cultiváveis
do mundo representam somente 14,9%. Os obstáculos como áreas áridas, desertos,
geleiras e montanhas, dificultam o cultivo, daí da forte intervenção humana.
·
O habitat rural
vai variar de região para região.
-
Habitat rural tradicional – caracterizada pela dependência da força de trabalho
humana e animal. Isolamento da economia moderna. Pouco ou nenhum contato com as
cidades. Pode ser disperso ou aglomerado.
-
Habitat rural moderno – comum em países desenvolvidos e em alguns países
subdesenvolvidos industrializados. São modernas e mecanizadas. Integração a
economia mais moderna e as cidades. Relação campo-cidade. O campo fornece alimentos
e matérias-primas e a cidade em troca fornece maquinários agrícolas, adubos,
pesticidas e etc.
-
Esvaziamento do Espaço Rural
O campo
vem sofrendo, esvaziamento. O processo de esvaziamento acelera a partir do
século XIX com a Revolução Industrial.
O
processo de urbanização é desigual. País desenvolvido tem maior urbanização e
um campo mais vazio.
AGROINDÚSTRIA
- Foi
impulsionada com o fim do colonialismo e ampliação da Revolução Industrial.
O
processo de desenvolvimento da agroindústria, só se desenvolveu em razão da
expansão da urbanização. O processo de urbanização provoca uma necessidade maior
de produtos (matérias-primas), daí da sua modernização. Utiliza-se um número,
reduzido de mão de obra, pois o emprego de novas tecnologias substitui o homem.
O uso de trabalhadores permanentes é baixo (motoristas, agrônomos e
veterinários). Temos os temporários. Aqui no Brasil são os boias-frias. No EUA,
os imigrantes ilegais servem de mão de obra para as lavouras.
-
Década de 1970 – expansão da agroindústria no Brasil. Produção de
cana-de-açúcar. Crise do Petróleo em 1973 – Governo cria o Proálcool.
- As
nossas lavouras hoje, sofre com a redução da mão de obra temporária,
especialmente na época de colheitas como a cana de açúcar.
-
Motivos da Redução – introdução das máquinas agrícolas, mecanização do campo,
mão de obra especializada.
-
Consequências – êxodo rural, que vai provocar inchaços urbanos nas pequenas e médias
cidades, originando bairros pobres, periferia, problemas tipos de cidades grandes.
- No
Brasil, a agroindústria expande-se desde 1970. No centro-sul surgem grandes
complexos.
- A
soja depois da cana-de-açúcar ganha espaço na agroindústria. Inicialmente foi
cultivada no sul do país e depois passo a ser cultivada no centro-oeste. O cultivo
no centro-oeste deu-se em razão do emprego de tecnologias na qualidade das
sementes e na correção dos solos ácidos (sistema de calagem).
- Oeste de SP e o Triângulo Mineiro - áreas modernizadas do país com criação de gado e confinado e ração balanceada.
- Oeste de SP e o Triângulo Mineiro - áreas modernizadas do país com criação de gado e confinado e ração balanceada.
AGRICULTURA DE SUBSISTÊNCIA
-
É aquela onde o camponês produz o necessário para atender as necessidades de sua
família, o que resta, ele pode até negociar ou trocar. Utilizam-se técnicas
rudimentares, trabalho manual, às vezes com tração animal e baixa
produtividade.
AGRICULTURA
DE PLATATIONS
- Desenvolvida
a partir do século XVI, quando os europeus ampliaram sua expansão colonial na
África, Ásia e América. Os portugueses foram os primeiros a instalar esse tipo
de agricultura (Açores). A mão de obra era escrava (africana), grandes
propriedades (latifúndios), produção voltada para o mercado externo,
monocultura (produto tropical).
A QUESTÃO AGRÁRIA NO BRASIL
Grande concentração de terras, confronto inicialmente com os indígenas, terras distribuídas pela Coroa Portuguesa (capitanias hereditárias). A partir do século XIX temos a formação de grandes massas camponesas (fim da escravidão e a vinda de imigrantes).
Século XX - aumento da população rural quanto a concentração de propriedades. - Agrava mais ainda a questão agrária brasileira.
1960 - As leis desta década acaba gerando o quadro atual - fim do colonato e a expulsão do trabalhador rural.
- A estrutura agrária no Brasil apresenta-se concentrada nas mãos de uma minoria.
- Tal situação data do Brasil Colônia:
A QUESTÃO AGRÁRIA NO BRASIL
Grande concentração de terras, confronto inicialmente com os indígenas, terras distribuídas pela Coroa Portuguesa (capitanias hereditárias). A partir do século XIX temos a formação de grandes massas camponesas (fim da escravidão e a vinda de imigrantes).
Século XX - aumento da população rural quanto a concentração de propriedades. - Agrava mais ainda a questão agrária brasileira.
1960 - As leis desta década acaba gerando o quadro atual - fim do colonato e a expulsão do trabalhador rural.
- A estrutura agrária no Brasil apresenta-se concentrada nas mãos de uma minoria.
- Tal situação data do Brasil Colônia:
- princípio uti possidetis - posse pelo uso.
- cultivo da cana-de-açúcar, utilizavam-se grandes propriedades.
- século XIX - nova atividade agrícola (café).
Café - Vale do Paraíba (RJ) - (interiorização) oeste paulista (SP) - formação de uma elite que domina a política e a economia do país (café com leite).
- Sudeste torna-se a região mais rica.
- Junto a produção de café, permiti-se a a agricultura de subsistência. Inicialmente com os escravos, mais tarde os imigrantes. Muitos trabalhadores passam a ser assalariados permanentes, mas sem registro, nem o recolhimento de benefícios e encargos sociais.
1964 - novas leis impostas pelos militares - 13º salário e férias remuneradas. Tais medidas resultam em dispensas nas fazendas e acaba gerando aumento do êxodo rural. migrações para o centro-oeste em busca de novas terras e surgimento dos sem-terras.
- A região do sul é a única que diferencia-se de ocupação agrícola:
- propriedade de pequeno porte (minifúndios)
- trabalhadores (colonos europeus) (famílias)
- Policultura
- clima diferenciado
- produção para o comércio e sua subsistência
- garantir a soberania nacional
No governo militar, Castelo Branco sancionou a lei 4504, que tratava do Estatuto da Terra. Até então, foi o melhor proposta organizada de reforma agrária no Brasil. Infelizmente esse projeto acabou sendo marginalizada.
Observação:
- Grileiro - termo dado a pessoa que forjam documentos, subornando cartórios, se tornado dono das de terras muitas vezes já ocupada por famílias a anos ou até reservas indígenas, causando conflitos.
O termo grileiro vem do costume de se colocar grilos dentro de uma caixa com os documentos forjados para esses adquirirem aspecto envelhecido por conta dos excrementos dos grilos.
- Uti possidetis - é um princípio de direito internacional segundo o qual os países que de fato ocupam um território possuem direito de posse sobre este.
Pelo Uti Possidetis a terra deveria ser ocupada por aqueles já se encontravam estabelecidos nela, com residência fixa e trabalho nas redondezas. Desta forma os portugueses se firmaram no grande território que hoje forma o Brasil.
Se pararmos para analisar a aplicação desse princípio, observaremos quem de fato teria direito, seria os indígenas que aqui já habitam antes dos portugueses, portanto, os verdadeiro donos.
- Sabemos que o processo de concentração fundiária caminha junto à industrialização da agropecuária com predomínio de capitais. Os pequenos agricultores não conseguem competir e são forçados a abandonar suas lavouras de subsistência e vender suas terras. A mecanização também contribui para a redução do trabalho humano, exigindo especialização de funções. Observamos um aumento do trabalho assalariado e de diaristas.
Observação:
- Grileiro - termo dado a pessoa que forjam documentos, subornando cartórios, se tornado dono das de terras muitas vezes já ocupada por famílias a anos ou até reservas indígenas, causando conflitos.
O termo grileiro vem do costume de se colocar grilos dentro de uma caixa com os documentos forjados para esses adquirirem aspecto envelhecido por conta dos excrementos dos grilos.
- Uti possidetis - é um princípio de direito internacional segundo o qual os países que de fato ocupam um território possuem direito de posse sobre este.
Pelo Uti Possidetis a terra deveria ser ocupada por aqueles já se encontravam estabelecidos nela, com residência fixa e trabalho nas redondezas. Desta forma os portugueses se firmaram no grande território que hoje forma o Brasil.
Se pararmos para analisar a aplicação desse princípio, observaremos quem de fato teria direito, seria os indígenas que aqui já habitam antes dos portugueses, portanto, os verdadeiro donos.
- Sabemos que o processo de concentração fundiária caminha junto à industrialização da agropecuária com predomínio de capitais. Os pequenos agricultores não conseguem competir e são forçados a abandonar suas lavouras de subsistência e vender suas terras. A mecanização também contribui para a redução do trabalho humano, exigindo especialização de funções. Observamos um aumento do trabalho assalariado e de diaristas.