Archive for março 2011
Vamos entender o que está acontecendo na Líbia?
Capital de Líbia: Trípoli
Área: 1.759.540 km² (17º maior)
População: 5.670.688 (2006)
Idioma Oficial: Árabe
Moeda: Dinar
Nacionalidade: Líbia
Principais Cidades: Trípoli, Benghazi, Misratah, Az Zawiyah
Originariamente povoada por tribos de nômades berberes, a Líbia esteve sob domínio árabe durante quase mil anos, de 643 a 1500, passando então a fazer parte do Império Otomano. Em 1911, a Itália conquistou a maior parte do território, com exceção das províncias de Tripolitânia e Cyrenaica, dominadas respectivamente em 1925 e 1930.
Após a Segunda Guerra Mundial, o território foi colocado sob administração franco-britânica. Em 1951, a Líbia tornou-se a segunda colônia africana, depois da África do Sul, a obter a independência, com o estabelecimento de uma monarquia constitucional e aclamação de Mohamed Idris al-Senousi, líder da ordem religiosa Senousi, como Rei Idris I.
O novo país, então entre os mais pobres do mundo, passou a depender da ajuda financeira internacional, sobretudo dos EUA e Inglaterra, que obtiveram o direito de instalar bases militares em território líbio. A descoberta do petróleo ocorreu em meados dos anos 50 e, em 1959, todas as principais empresas petrolíferas já atuavam no país. Em 1968, a Líbia era o segundo maior produtor de petróleo no mundo árabe, atrás apenas da Arábia Saudita.
A afluência proporcionada pelo petróleo, contudo, contribuiu para o agravamento das tensões sociais, na medida em que beneficiou apenas a elite do país. O surgimento do nasserismo, movimento populista baseado no nacionalismo árabe, idealizado pelo então presidente do Egito, Gamal Abdel Nasser, serviu para canalizar o descontentamento da massa popular excluída e marginalizada dos ganhos proporcionados pelo “boom” petrolífero. Em setembro de 1969, aproveitando-se da ausência do Rei Idris, em viagem no exterior, grupo de oficiais do Exército, liderado pelo Coronel Muammar Khaddafi, deu um golpe de estado e assumiu o poder.
Política Interna
Abolida a monarquia, criou-se a “República Árabe da Líbia”, governada por um “Conselho de Comando Revolucionário” liderado pelo Coronel Khaddafi e integrado por doze oficiais do Exército. Inspirado no populismo nasserista, o novo regime deu início à completa reorganização do sistema político e econômico, com a nacionalização de todas as empresas e propriedades estrangeiras e a criação, em 1971, do partido único “União Socialista Árabe”. Em 1977, criou-se o Congresso Geral do Povo, com funções de parlamento, e adotou-se a denominação de “Grande Jamahiriya Árabe Popular Socialista da Líbia” para o país (“Jamahiriya” significa Estado das massas).
No plano externo, a Líbia passou a apoiar o radicalismo árabe, adotando política de confrontação com o Ocidente e de aproximação com a União Soviética. Em 1982, como medida punitiva ao suposto patrocínio líbio a grupos terroristas árabes, o Governo norte-americano proibiu a importação de petróleo da Líbia. Em 1986, após um atentado a bomba numa discoteca em Berlim, resultando na morte de dois cidadãos norte-americanos, os EUA lançaram ataques aéreos contra alvos em Trípoli e Benghazi e impuseram sanções econômicas contra o país africano. No final dos anos 80, o Governo líbio foi acusado de envolvimento nos atentados contra aviões da Pan Am e da UTA, o que motivou a imposição de regime de sanções pela ONU, em março de 1992.
Com o embargo econômico, juntamente com a queda de preço do petróleo nos mercados internacionais, a situação econômica deteriorou-se rapidamente, fazendo com que o descontentamento popular aumentasse de modo considerável. Em 1993, grupo de altos oficiais do Exército liderou uma tentativa de golpe, prontamente debelada pelo regime, com a prisão de mais de 1500 pessoas e completa reestruturação da cúpula militar.
Economia
Após um período de estagnação durante os anos 90, as perspectivas de desenvolvimento para a Líbia estão sendo significativamente alteradas. A suspensão das sanções da ONU, em 1999, permitiram a retomada do crescimento econômico e da captação de investimentos estrangeiros. A abolição definitiva das sanções, em setembro de 2003, vem estimulando a atividade econômica e as oportunidades de negócios ainda mais.
A economia baseia-se no setor petrolífero, responsável por 30% do PIB e 95% das receitas de exportação. Em 2004, essas exportações renderam 18,1 bilhões de dólares e, segundo se estima, poderão gerar acima de US$ 19 bilhões em 2005. Agricultura e indústria respondem, em conjunto, por cerca de 15% do PIB, com o setor de serviços representando os restantes 45%.
Com a tomada do poder pelo Coronel Khaddafi, em 1969, a política externa líbia passou a privilegiar o relacionamento com os países do mundo árabe, conjugando o fortalecimento do pan-arabismo com a adoção de uma política comum de hostilidade a Israel. No plano sub-regional, a Líbia tem encetado esforços para dinamizar a União do Magrebe Árabe (UMA), organismo de integração do qual faz parte juntamente com Marrocos, Argélia, Mauritânia e Tunísia.
O gradual isolamento do país no cenário internacional, a partir das primeiras sanções norte-americanas e culminando com a imposição do embargo pela ONU, reforçou, ainda mais, a tendência de aproximação com os países vizinhos. Com a Tunísia, superada uma crise de fronteira em 1985, a Líbia mantém relacionamento de grande cordialidade. Durante o regime de sanções, que incluiu embargo aéreo, a Tunísia oferecia trânsito livre em seu território para passageiros e cargas destinados ao país vizinho e dele procedentes.
A diplomacia líbia tem sido igualmente atuante no restante do continente africano. Ao longo dos anos 90, Trípoli conseguiu fortalecer parcerias importantes com os países subsaáricos, conquistando apoio contra a manutenção do regime de sanções da ONU. Em 1997, Trípoli sediou reunião da Organização da Unidade Africana (OUA), que, no ano seguinte, adotou resolução contrária à manutenção do embargo. Em setembro de 1999, na IV Cimeira Extraordinária da OUA, em Trípoli, Khaddafi propôs a retomada do pan-africanismo com vistas a uma verdadeira união política e econômica do continente. A Líbia teve ativa participação nas tratativas que levaram à criação da União Africana, em substituição à OUA.
O líder líbio procurou, ainda, desempenhar papel mediador em vários conflitos do continente, tendo patrocinado reunião na cidade líbia de Sirte entre o então Presidente da República Democrática do Congo (RDC), Laurent Kabila, e o Presidente Museveni, de Uganda, para buscar superar a guerra civil congolesa. Khaddafi também tem atuado nos esforços de resolução dos conflitos no Sudão e entre a Etiópia e Eritréia.
No que se refere à luta contra o terrorismo, o Governo líbio tem adotado iniciativas voltadas para a normalização de suas relações com a comunidade internacional. Khaddafi condenou os atentados contra as torres de Nova York, em setembro de 2001, e qualificou de diabólico o uso da bactéria Antraz contra a população norte-americana. Em 2002, a Líbia ratificou a Convenção da OUA para a Prevenção e a Luta contra o Terrorismo, dando mais um passo na projeção de nova imagem externa do país em relação ao tema.
O conflito entre Israel e Palestina também tem sido objeto de intensa atuação externa da Líbia. Nesse sentido, o líder líbio distribuiu, em 2002, o que chamou de “Livro Branco”, obra que consolida sua visão sobre a possibilidade de paz no Oriente Médio, propondo a criação de um Estado binacional – o Israteen – para israelenses e palestinos. Ressentido com a reação da comunidade árabe, que recebeu a proposta saudita com mais entusiasmo, Khaddafi tem ameaçado retirar-se da Liga Árabe (que, nos anos 90, tampouco haveria respondido, na medida esperada, à expectativa líbia de apoio contra as sanções internacionais impostas a Trípoli). Khaddafi declarou, em 2003, que “a Líbia é um país africano” e que “pertencer à Liga Árabe seria apagar sua identidade norte-africana”.
Abdel Rahman Mohamad Shalqam exerce, atualmente, a função de ministro das relações exteriores, cuja denominação oficial na Líbia é Secretário do Comitê Geral Popular da Comunicação Externa e CooperaçCom o firme intuito de superar o perfil radical que o caracterizou anteriormente, o Governo líbio vem-se empenhando em ampliar suas relações econômico-comerciais, como no caso dos países europeus, e em exercer maior protagonismo nos foros intergovernamentais. A Líbia tem manifestado interesse em ocupar um dos assentos permanentes a serem atribuídos à África no quadro da possível reforma do Conselho de Segurança da ONU.
- proibição de vôos aéreos entre os territórios dos países membros da ONU e a Líbia;
- proibição de venda de aeronaves, inclusive serviços de manutenção e peças de reposição;
- proibição de fornecimento de material militar, inclusive peças e material correlato;
- redução do nível e número de pessoal das missões diplomáticas líbias.
- congelamento de recursos financeiros do Governo líbio e empresas a ele ligadas, com exceção de operações decorrentes da venda de petróleo e produtos agrícolas;
- fechamento das agências da “Lybian Airlines” no exterior;
- proibição de fornecimento à Líbia de certos componentes usados na indústria petrolífera.
- Por sua vez, desde 1986 até 2004, com base no “risco à segurança nacional norte-americana”, os EUA aplicaram embargo unilateral contra a Líbia, fundamentado na Executive Order/12543, assinada pelo Presidente Ronald Reagan e renovada anualmente. Além disso, o Congresso norte-americano aprovou, em 1996, a chamada D’Amato Law, que pune empresas, nacionais ou não, que apliquem mais de quarenta milhões de dólares por ano no setor petrolífero na Líbia.
- Em abril de 1999, após longas negociações, o Governo líbio finalmente entregou os dois suspeitos do atentado de Lockerbie para julgamento na Haia. Com isso, no dia 8 de abril, o CSNU adotou declaração presidencial a respeito da conseqüente suspensão das sanções contra a Líbia.
- Em carta entregue em 15 de agosto de 2003 ao Presidente do CSNU, a Líbia assumiu, oficialmente, a responsabilidade pelo atentado de Lockerbie. Na ocasião, Trípoli concordou em indenizar as famílias das vítimas. Em 12 de setembro de 2003, o Conselho adotou a Resolução 1506, que declara extintas as sanções impostas à Líbia pelas Resoluções 748/1992 e 883/1993.
- A suspensão do embargo norte-americano foi oficialmente anunciada em abril de 2004 e veio a ser revogada por decreto presidencial de setembro. As relações diplomáticas bilaterais ainda não foram plenamente restabelecidas, entretanto, na medida em que a Líbia permanece na lista norte-americana de países que patrocinam o terrorismo. Em setembro de 2004, em Nova York, à margem da Assembléia-Geral da ONU, ocorreu o primeiro encontro de um Secretário de Estado dos EUA com seu homólogo líbio desde os anos 70. Buscando modificar sua imagem de simpatizante do terrorismo, o Governo líbio não apenas condenou, veementemente, os atentados de 11 de setembro nos EUA, mas também manifestou apoio à intervenção no Afeganistão.
Agora, vamos finalmente a CRISE?
- Presidente que é visto como ditador da Líbia, Muammar Kadhafi, está no poder há quase 42 anos. A Líbia fazia um governo muitas vezes considerado ameaçador para as organizações internacionais ou seja, ajudando terroristas em alguns momentos, e com isso vem sofrendo diversas sanções econômicas e políticas ao longo dos governos. Essas sanções resulta em uma grande insatisfação popular.
- Mas, além disso, e mais importante, é um país rico em exploração e venda de petróleo, porém, essa riqueza não é repassada para a população, e os principais motivos das revoltas são alto desemprego, alto preço dos alimentos, importação da maior parte dos alimentos necessários ao abastecimento, gastos exorbitantes com arsenal militar.
- É importante analisar ainda, que essa crise política no Oriente Médio e Norte da África, (países exportadores de petróleo e com orientação religiosa islâmica), não se restringe só a Líbia e ao Egito. Países como Tunísia (que derrubou o presidente Zine El Abidine Ben Ali) Jordânia, Iêmen, Argélia, Mauritânia, Marrocos, Sudão e Omã também contam com sérias pressões populares.
- As cidades de Benghazi é a segunda maior do país e palco dos protestos, Tobruk e Derna, foram tomadas por oposicionistas. Mas cidades mais próximas à capital Trípoli, como Minsratah e Zawiya também ficaram sob controle dos rebeldes. O comando ficou na mão de "conselhos populares" que foram se formando ao longo dos últimos dias e depois se uniram em torno do Conselho Popular Líbio, com sede em Benghazi, no leste, foco dos protestos.
- A dura repressão às manifestações provocou milhares de mortes, e a situação evoluiu praticamente para uma guerra civil. Vários países, liderados pelos EUA, começaram a protestar e a exigir a saída imediata de Kadhafi.
- Segundo a ONU e organizações de direitos humanos relataram abusos e ataques a civis. Em pronunciamentos transmitidos pela TV estatal líbia, o líder Kadhafi disse que só deixará o país morto, “como um mártir”.
Divirtam-se
(A) diastróficas e isostáticas.
(B) diastróficas e orogenéticas
(C )endógenas e exógenas.
(D )endógenas e diastróficas.
(E) Isostáticas e endógenas
2. A divisão da estrutura da Terra em camadas foi baseada, principalmente:
(A) nos estudos sobre os abalos sísmicos, vulcanismo e pesquisas nos fundos dos oceanos.
(B) na análise das cinzas e lavas vulcânicas e nas perfurações de minas.
(C) na prospecção de petróleo, na plataforma continental e na análise do relevo submarino.
(D) na tipologia e datação das rochas magmáticas e nos movimentos isostáticos.
(E) na movimentação das placas tectônicas e na medição do magnetismo das rochas.
3- A longa história da Terra divide-se em eras, períodos e épocas. Durante certa era, formaram-se as primeiras rochas magmáticas e apareceram muitos vulcões e seres unicelulares nos oceanos.
Isso ocorreu no:
A) Permiano.
B) Cambriano.
C) Permocarbonífero.
D) Ordoviciano.
E) Pré-Cambriano.
4- Assinale a alternativa que relaciona corretamente uma importante alteração ocorrida na evolução do planeta a sua respectiva era geológica:
A) a formação das grandes florestas na era Mesozóica
B) a formação de escudos cristalinos na era Paleozóica
C) a formação dos dobramentos modernos na era Cenozóica
D) o surgimento dos atuais continentes na era Mesozóica
E) a formação das rochas sedimentares e metamórficas na era Pré-cambriana
5- Ao abordar, em sala de aula, o tema “A Dinâmica da Litosfera”, o professor de Geografia necessita fornecer aos alunos informações sobre a Geocronologia, enfatizando eras e períodos geológicos. A era Mesozóica engloba os seguintes períodos:
A) Devoniano e Triássico.
B) Cretáceo, Jurássico e Triássico.
C) Terciário Inferior, Siluriano e Jurássico.
D) Devoniano, Siluriano e Jurássico.
E) Terciário Inferior, Cretáceo, Devoniano e Triássico.
6 - Sobre as placas tectônicas e utilizando seus conhecimentos sobre a dinâmica terrestre, assinale a proposição CORRETA.
a) Recebem esse nome porque se relacionam com os movimentos ocorridos na superfície (movimentos tectônicos), que as empurram umas contra as outras.
b) Elas não se movimentam, pois a crosta terrestre se apresenta lisa.
c) O Brasil se posiciona ao lado da placa de Nazca, fator que pode ocasionar terremotos.
d) Os terremotos são causados por movimentos na crosta terrestre provocados por maquinários.
7 - A camada interna da Terra, descoberta pela sismologia, que viabilizou a Teoria da Deriva Continental e, por extensão, a da Tectônica de Placas, chama-se:
A) Litosfera
B) Astenosfera
C) SIAL
D) SIMA
E) Descontinuidade de Mohorovicic
8 - Observe o mapa apresentado abaixo.
(Antunes, C. Aprendendo com os mapas – introdução aos estudos geográficos. São Paulo: Scipione, 1998, p.19)
O mapa representa os seguintes fenômenos:
(A) diferentes blocos econômicos e principais fluxos comerciais.
(B) grandes áreas climáticas e a direção predominante dos ventos.
(C) oceanos/mares e as direções das correntes marítimas.
(D) grandes biomas terrestres e as rotas das migrações sazonais.
(E)) limites e direções dos movimentos das placas tectônicas.
9 - “O tsunami de 26 de dezembro de 2004 não será facilmente esquecido. Nos anos que se seguirão, seus estragos ainda vão continuar sendo sentidos profundamente por grande parcela da população afetada. O assustador número de mortos- mais de 250 mil vítimas- já é um fato suficiente para lembrar a tragédia, mas há outras consequências, algumas tão graves quanto a morte de tantos seres humanos.”
(Extraído do livro: “ As maiores catástrofes de todos os tempos”, ed. Universo dos Livros)
Sobre esse assunto, é correto dizer que:
A) o tsunami aconteceu no assoalho do oceano Pacífico e atingiu a Indonésia, em face de um afastamento de placas litosféricas.
B) o tsunami foi provocado por um movimento brusco de duas grandes placas litosféricas.
C) o efeito devastador do tsunami aconteceu porque as ilhas atingidas se dispõem de leste para oeste, facilitando, assim, a penetração da água marinha.
D) o tsunami foi potencializado pela erupção vulcânica que aconteceu meses antes na Indonésia.
E) quando vai acontecer um tsunami, como o descrito, há uma alteração meteorológica, com o considerável aumento da velocidade dos ventos na baixa troposfera.
10 - Sobre a Tectônica de Placas, analise as proposições abaixo.
I. A colisão dos continentes ou a compressão de suas bordas deram origem às grandes Cordilheiras atuais, como: Andes, Montanhas Rochosas, os Alpes e Himalaia.
II. A Cordilheira dos Andes é formada a partir do afastamento de duas placas tectônicas.
III. A litosfera é constituída por placas semi-rígidas, que derivam umas em relação às outras, sobre a astenosfera subjacente.
IV. Considera que os limites das placas coincidem com os dos continentes, nos quais ocorrem uma intensa estabilidade vulcânica, falhas e terremotos de grande magnitude.
V. Grandes sistemas orogenéticos são encontrados em todas as placas continentais, destacando-se os sistemas dos Andes, dos Alpes e do Himalaia.
Estão corretas apenas
A) I e III.
B) II e III.
C) II, III e IV.
D) I, III e V.
E) III, IV e V.
Entenda o que está acontecendo no Japão
- O Círculo de Fogo é uma região de intensa atividade sísmica. O Japão localiza-se nos limites de 4 placas tectônicas: a placa da Eurásia, a placa das Filipinas, aplaca Norte-Americana e a placa do Pacífico. As placas estão sempre em movimento. A energia desprendida é imensa e isso acaba se propagando em termos de onda de choques. Observe a figura abaixo.
- O tremor ocorrido, teve como epicentro a costa nordeste do Japão, que chegou a 8.9, na Escala Richter. Pelos noticiários, vocês observaram a onda de destruição que esse país sofreu. Foi bastante devastador. O abalo se deu numa região submarina o que provoca um tsunami, nesse caso, foi de grande poder de destruição.
Moçada, fiquem atento aos exercícios. Olha os noticiários sobre o acontecido no Japão.
Relevo Brasileiro
No território brasileiro, os terrenos acidentados, de formação geológica cristalina, são muito antigos e desgastados pela erosão, possuindo altitudes modestas. O país não possui cadeias montanhosas ou dobramentos. Como vimos, isso decorre do fato de o Brasil encontrar-se no centro de uma placa tectônica. Já as bacias sedimentares brasileiras são constituídas de terrenos relativamente aplainados, de idades geológicas recentes em seus estratos superiores (terciários e quaternários).
- Embora existam classificações anteriores, somente na década de 40 foi criada uma classificação do relevo brasileiro considerada coerente com a realidade do nosso território. Ela foi elaborada pelo professor Aroldo de Azevedo e levava em conta as cotas altimétricas, definindo planalto como um terreno levemente acidentado, com mais de 200 metros de altitude, e planície como uma superfície plana, com altitude inferior a 200 metros.
- O Brasil tem oito unidades de relevo. Os planaltos ocupam 59% da superfície do território, e as planícies, os 41% restantes.
No final da década de 50, o professor Aziz Ab’Sáber, discípulo de Aroldo de Azevedo, promoveu alteração nos critérios de definição dos compartimentos do relevo. A partir de então, passou-se a considerar planalto uma área em que os processos de erosão superam os de sedimentação, e planície, uma área mais ou menos plana, em que os processos de sedimentação superam os de erosão, independentemente das cotas altimétricas.
No território distinguem-se três compartimentos:
Planalto: é um compartimento de relevo com superfície irregular e altitude superior a 300 metros, no qual predominam processos erosivos em terrenos cristalinos ou sedimentares.
Planície: é um compartimento de relevo com superfície plana e altitude igual ou inferior a 100 metros, no qual predominam acúmulos recentes de sedimentos.
Depressão: é um compartimento de relevo mais plano que o planalto, no qual predominam processos erosivos, com suave inclinação e altitude entre 100 e 500 metros.
O relevo submarino
No relevo submarino, podemos distinguir:
Plataforma continental: é a continuação do relevo e da estrutura geológica continental abaixo do nível do mar, onde aparecem as ilhas continentais ou costeiras, de origem vulcânica, tectônica ou biológica. Por apresentar profundidades modestas, há penetração de luz solar, criando condições propícias ao desenvolvimento da vegetação marinha, o que torna a plataforma muito importante para o desenvolvimento da atividade pesqueira. As depressões do terreno na plataforma continental tornam-se, ao longo do tempo geológico, bacias sedimentares importantíssimas para a exploração de petróleo em águas oceânicas.
Talude: é o fim do continente, onde há o encontro da crosta continental com a crosta oceânica, formando desníveis de profundidade variável, que chegam a atingir 3 mil metros. As fossas marinhas são depressões abissais que aparecem abaixo do talude, em zonas de encontro de placas tectônicas.
Região pelágica: é o relevo submarino propriamente dito, onde encontramos depressões, montanhas tectônicas e vulcânicas, planícies, etc. Na região pelágica, aparecem as ilhas oceânicas.
SOLO
Uma rocha qualquer, ao sofrer intemperismo, transforma-se em solo, adquire maior porosidade e, como decorrência, há penetração de ar e água, o que cria condições propícias para o desenvolvimento de formas vegetais e animais. Estas, por sua vez, passam a fornecer matéria orgânica à superfície do solo, aumentando cada vez mais sua fertilidade. Assim, o solo é constituído por rocha intemperizada, ar, água e matéria orgânica, formando um manto de intemperismo que recobre superficialmente as rochas da crosta terrestre.
- A matéria orgânica, fornecida pela fauna e pela flora decompostas, encontra-se concentrada apenas na camada superior do solo. Essa camada é chamada de horizonte A, o mais importante para a agricultura, dada a sua fertilidade. Logo abaixo, com espessura variável de acordo com o clima, responsável pela intensidade e velocidade da decomposição da rocha, encontramos rocha intemperizada, ar e água, que formam o horizonte B. Em seguida, encontramos rocha em processo de decomposição – horizonte C – e, finalmente, a rocha matriz – horizonte D -, que originou o manto de intemperismo ou o solo que a recobre. Sob as mesmas condições climáticas, cada tipo de rocha origina um tipo de solo diferente, ligado à sua constituição mineralógica: do basalto, por exemplo, originou-se a terra roxa; do gnaisse, o solo de massapê, e assim por diante.
- É importante destacar que solos de origem sedimentar, encontrados em bacias sedimentares e aluvionais, não apresentam horizontes, por se formarem a partir do acúmulo de sedimentos em uma depressão, e não por ação do intemperismo, mas são extremamente férteis, por possuírem muita matéria orgânica.
O principal problema ambiental relacionado ao solo é a erosão superficial ou desgaste, que ocorre em três fases: intemperismo, transporte e sedimentação.
Os fragmentos intemperizados da rocha estão livres para serem transportados pela água que escorre pela superfície (erosão hídrica) ou pelo vento (erosão eólica). No Brasil, o escoamento superficial da água é o principal agente erosivo e, sendo o horizonte a o primeiro a ser desgastado, a erosão acaba com a fertilidade natural do solo.
A intensidade da erosão hídrica está diretamente ligada à velocidade de escoamento superficial da água: quanto maior a velocidade de escoamento, maior a capacidade da água de transportar material em suspensão; quanto menor a velocidade, mais intensa a sedimentação. - A velocidade de escoamento depende da declividade do terreno e da densidade da cobertura vegetal. Em uma floresta a velocidade é baixa, pois a água encontra muitos obstáculos (raízes, troncos, folhas) à sua frente e, portanto, muita água se infiltra no solo. Em uma área desmatada, a velocidade de escoamento superficial é alta e a água transporta muito material em suspensão, o que intensifica a erosão e diminui a quantidade de água que se infiltra no solo.
Assim, para combater a erosão superficial, há dois caminhos: manter o solo recoberto por vegetação ou quebrar a velocidade de escoamento utilizando a técnica de cultivo em curvas de nível, seja seguindo as cotas altimétricas na hora da semeadura, seja plantando em terraços.
Para a conservação dos solos, deve-se evitar a prática das queimadas, que acabam com a matéria orgânica do horizonte A. Somente em casos especiais, na agricultura, deve-se utilizar essa prática para combater pragas ou doenças.
Um problema natural relacionado aos solos de clima tropical, sujeitos a grandes índices pluviométricos, é a erosão vertical, representada pela lixiviação e pela laterização. A água que se infiltra no solo escoa através dos poros, como em uma esponja, e vai, literalmente, levando os sais minerais hidrossolúveis (sódio, potássio, cálcio, etc.), o que retira a fertilidade do solo. Essa “lavagem” chama-se lixiviação. Paralelamente a esse processo, ocorre a laterização ou surgimento de uma crosta ferruginosa, a laterita – popularmente chamada de canga no interior do Brasil - , que em certos casos chega a impedir a penetração das raízes no solo.
ESTRUTURA GEOLÓGICA, RELEVO E SOLO
- A história geológica da Terra iniciou-se há aproximadamente 4,5 bilhões de anos, na era Pré-Cambriana. A partir do resfriamento superficial do magma, consolidaram-se as primeiras rochas, por isso chamadas magmáticas ou igneas (do radical latino ignis, que da idéia de fogo).
- A cristalização dos minerais e as transformações da estrutura molecular das rochas deram origem a estruturas geológicas compostas de rochas magmáticas, as quais denominamos escudos cristalinos. Formou-se, assim, a litosfera (do radical grego litbos, que significa pedra ou rocha ou crosta terrestre primitiva).
- A liberação de gases decorrente do resfriamento originou a atmosfera, responsável pela ocorrência das chuvas e pela formação de lagos e mares nas depressões preenchidas pela água. Assim, iniciou-se a ação do intemperismo ou decomposição química das rochas, processo responsável pela formação dos solos e consequente início da erosão.
- As partículas minerais que compõem os solos transportadas pela água, dirigem-se aos lagos e mares, onde a pequena velocidade de escoamento da água possibilita a sedimentação. Ao longo de milhões ou mesmo bilhões de anos, essas depressões foram preenchidas com sedimentos, constituindo as bacias sedimentares, áreas relativamente planas, independentes da altitude. Nessas bacias, são encontradas rochas formadas pela compactação física e química de partículas minerais, denominadas rochas sedimentares.
- Tectônica de placas
Atualmente, a crosta terrestre é constituída por cerca de doze placas tectônicas, que ficam literalmente boiando em cima do magma pastoso. Há milhões de anos, quando se iniciou sua movimentação, devia haver menos placas. Ao moverem-se em vários sentidos, pelo fato de o planeta ser esférico, as placas acabaram se encontrando em determinados pontos da crosta e dando origem aos dobramentos modernos, aos terremotos, etc.
- A palavra tectônica deriva do radical grego tektoniké “ arte de construir”. Assim, ao se movimentarem sobre o magma, desde o final da era Mesozóica, as placas acabaram por se “chocar” em certos pontos, o que determinou, ao longo de milhares de anos, alterações no relevo.
- Na faixa de contato entre as placas, seja na zona de formação, em geral nas dorsais oceânicas, ou de destruição, em geral no contato do oceano com o continente, a crosta é frágil, o que permite o escape de magma, originando os vulcões e, em função do atrito, há ocorrência de abalos sísmicos.
- As placas oceânicas (sima) são pesadas e densas e, tendem a mergulhar sob as placas continentais (sial). Esse fenômeno, conhecido como subducção, dá origem às fossas marinhas ou regiões abissais e ocorre onde há o encontro das placas.
- Quando a placa oceânica mergulha em direção ao manto, é destruída. Já a placa continental, com a pressão exercida pela placa oceânica que é justamente nessas porções mais sensíveis da crosta onde ocorrem, desde pelo menos a era Mesozóica, os movimentos orogenéticos (do grego oros, que quer dizer “montanha”). É onde surgiram as grandes cadeias montanhosas do planeta, formadas pelo enrugamento, pelo soerguimento ou pelo dobramento de extensas porções da crosta.
- Como esse fenômeno é relativamente recente na história do planeta (ocorreu no fim da era Mesozóica e início da Cenozóica, no período Terciário), convencionou-se denominá-lo de dobramento moderno. Assim, as cadeias dobradas recentemente, como os Andes, o Himaláia, as Rochosas, os Alpes, etc., apresentam elevadas altitudes e forte instabilidade tectônica. Por serem relativamente recentes, acham-se pouco desgastadas e, como ainda estão em construção, tornam-se sujeitas à ação de terremotos e vulcões.
- Podemos concluir que, quanto à origem, existem três tipos principais de províncias geológicas no planeta: escudos cristalinos, bacias sedimentares e dobramentos modernos.
Os escudos pré-cambrianos apresentam disponibilidade de minerais metálicos (ferro, manganês, ouro, bauxita, etc.), sendo, por isso, bastante explorados economicamente. Já nos escudos paleozóicos encontram-se minerais não-metálicos (cimento, gesso, etc.). Nos dobramentos modernos, o terreno soerguido pelo movimento das placas pode conter qualquer tipo de minério. As bacias sedimentares são depressões do terreno, preenchidas por fragmentos minerais de rochas erodidas e por sedimentos orgânicos, que no tempo geológico podem transformar-se em combustíveis fósseis.
- No caso do soterramento de antigos ambientes aquáticos, ricos em plâncton, é possível encontrar petróleo. Já no caso do soterramento de antigas florestas, há a possibilidade de ocorrência de carvão mineral. As principais reservas petrolíferas e carboníferas do planeta datam, respectivamente, das eras Mesozóicas e Paleozóicas. Assim, as bacias sedimentares são importantes províncias onde podem ocorrer combustíveis fósseis de origem orgânica: petróleo, carvão mineral e xisto betuminoso.
- A estrutura geológica brasileira é constituída por bacias sedimentares (64%) e escudos cristalinos (36%). Por encontrar-se no meio da placa tectônica sul-americana, o Brasil não possui cadeias montanhosas ou dobramentos modernos. Os escudos cristalinos foram muito desgastados pela erosão, apresentando altitudes modestas e formas arredondadas.
Nosso país é muito rico em recursos minerais metálicos, principalmente nos 40% do território formados por escudos da era Proterozóica. Embora extensas, as bacias sedimentares continentais são pouco exploradas economicamente, apresentando pequena produção de petróleo. As bacias carboníferas do Sul do país, em estágios inferiores de transformação geológica, produzem carvão com menor valor energético que as bacias carboníferas do hemisfério norte. Na plataforma continental, a alguns quilômetros da costa, explora-se petróleo em quantidades significativas. Destaca-se a bacia de Campos, no litoral norte do estado do Rio de Janeiro, responsável por aproximadamente 60% da produção nacional, em 1994. Aliás, o Brasil dispõe de uma das mais avançadas tecnologias de exploração petrolífera em águas profundas, aprimorada justamente na bacia de Campos.
INFORMATIVO
Alunos do nono ano A e B
Estudem para o desafio
Conteúdo: Localização das Américas / Abordagem física e humana / Indicadores de desenvolvimento / EUA - Nação Poderosa / Mistura de povos e culturas / Maior economia do mundo