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FONTES DE ENERGIA E SUA PRODUÇÃO MUNDIAL
Resumo: este tutorial mostrará como o homem descobriu novas fontes de energia que hoje são bem usadas em todo o nosso cotidiano. Quais são as principais fontes de energia? E como elas influem na economia de um país?
GEOPOLITICA E ESTRATÉGIA
Qualquer tipo de trabalho que realizamos gastamos energia, uma energia que é limitada pelos nossos dotes físicos. Assim, o homem desde a antiguidade, até os nossos dias tem procurado novas fontes de energia para realizar suas tarefas diárias. No começo, usava-se apenas a força de animais para transportar mercadorias ou arar a terra. Mas, com o tempo, os progressos técnicos foram avançando e novas fontes de energia foram sendo descobertas, tornando o trabalho humano mais eficiente.
Desde a revolução Industrial, quando houve a entrada das maquinas, o trabalho humano vem se tornando cada vez necessário. Quando uma maquina é aperfeiçoada, a produtividade aumenta e, como, hoje em dia, a energia já não é mais tão barata como antes, o homem tem se preocupado com as formas de economiza-la. Desde a Segunda Guerra Mundial o consumo vem aumentando sem parar, e o desenvolvimento tecnológico busca meios de economizar os meios de produzir e transportar mercadorias.
O consumo de energia está intimamente relacionado com a qualidade de vida do país. Em países desenvolvidos o consumo é maior, devido ao grau de industrialização e o nível de consumo residencial em aparelhos domésticos.
O setor energético quase sempre é controlado pelo Estado, através de política de planejamento da produção, concessão de exploração de grupos privados ou intervenção direta na produção da atração de empresas estatais.
O setor energético está inserido diretamente na geopolítica e economia de um país. Qualquer aumento nos custos ou problemas na produção de energia afeta todas as atividades desenvolvidas no país. A produção industrial, os sistemas de transportes, de segurança, de saúde, de educação, lazer, comercio, agricultura dependem de energia, por isso a falta dela, afeta todo o país.
A energia gasta na produção industrial é necessariamente um fator que pode tomar a mercadoria mais ou menos competitiva no comércio internacional. Assim, qualquer nação almeja atingir a auto-suficiência e baixos custos na produção de energia, para que as atividades econômicas não sejam afetadas pelas oscilações de preço de mercado internacional e nem dependam de boa vontade de terceiros para o fornecimento de energia.
O petróleo é a principal fonte de energia do planeta, seguida pelo carvão mineral e pelo gás natural. Isso é preocupante, visto que 90% da energia consumida no planeta é provida de fontes não-renováveis, quer dizer, que um dia vã se esgotar. Isso não quer dizer que faltará energia no mundo, mas que haverá, um trabalhoso e caso período de transição para nos acostumarmos com a utilização de um novo tipo de energia.
Neste capitulo será analisado a geopolítica e a produção dos principais tipos de energia.
PETRÓLEO
O petróleo é encontrado em bacias sedimentares resultantes do soterramento de antigos ambientes aquáticos. Pode ser encontrado nos estados sólidos, líquidos e gasosos. É usado pelo homem desde a muito tempo.
O petróleo, além de ser a principal fonte de energia do planeta, é importantíssimo e está presente em todo o nosso cotidiano. Com ele, as industrias petroquímicas fabricam o plástico, a borracha sintética, os fertilizantes e os adubos usados na agricultura. Mas, essa grande dependência gera outras questões: o petróleo é uma fonte não-renovável de energia. Algumas previsões indicam que ele se esgotará em no mínimo dois séculos.
Edwin Drake encontrou petróleo em apenas
A parti da década de 30, diversas empresas estatais passaram a atuar diretamente nos quatros fases econômicas do petróleo, ou pelo menos em uma delas. Alguns países fizeram concessões para que as empresas estrangeiras atuassem no setor petrolífero. Exemplo: a Pemox, no México; a Petroven, na Venezuela; a Agip, na Itália. No Brasil, com a criação da Petrobrás em 1953, estatzaram-se a extração, o refino e o transporte. Em 1995, foi extinto o monopólio da Petrobrás.
Em 1960, criou-se a OPEP (Organização dos países Exportadores de Petrobrás), formada por 11 países: Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Irã, Iraque, Kuwait, Catar, Indonésia, Argélia, Nigéria, Líbia e Venezuela.
Com a eclosão da guerra entre Irã e Iraque, entre 1979 e 1980, os países importadores ficaram apreensivos com a possibilidade iminente de ingresso de outras nações árabes no conflito. Se isso acontecesse, a oferta mundial do petróleo ficaria comprometida, o que levou muitos países a comprar o produto, visando aumentar os seus estoques estratégicos. Com isso, a OPEP elevou o preço do barril para 34 dólares.
Com isso elevações do preço do petróleo, os países importadores ficaram ainda comprometidos, pois agravava ainda mais a crise econômica do mundo desenvolvido, que já se arrastava desde o final da década de 60.
Para enfrentar a crise, estabeleceram duas estratégias: aumento da produção interna e substituição do petróleo por fontes alternativas. Essas medidas visavam diminuir a dependência energética.
Em 1986, com a substituição por outras fontes e com o aumento da produção em escala mundial, a lei da oferta e da procura voltou a funcionar e, a cotação do Brasil caiu para 12 dólares.
A parti de 1986, o poder da OPEP foi se fragilizando, e ficava cada vez mais complicado estabelecer um acordo de preços e cotas de produção entre os países membros. Os Estados Unidos conseguiram essa fragilização de favorecimento comerciais a Arábia Saudita e ao Kuwait.
Em dezembro de 1990, o Iraque invadiu o Kuwait e ameaçou invadir a Arábia Saudita, sob o pretexto de disputa territorial, mas a verdade é que eles estavam tentando impedir que esses países extrapolassem a cota de produção de petróleo estabelecida pela OPEP, que estava causando queda no preço do barril. Os Estados Unidos, querendo defender seus interesses comerciais, interfeririam imediatamente, enviando tropas ao Oriente Médio e pondo fim a guerra em janeiro de 1991. Durante o conflito, o barril de petróleo atingiu seu preço Maximo de 40 dólares. Com o restabelecimento da normalidade no Oriente Médio, o preço no final da década de 90 em torno de 16 dólares o barril.
CARVÃO MINERAL E GÁS NATURAL
A participação dessas fontes de energia aumentaram significativamente a parti das crises do petróleo em 1973, 1979 e 1991, que levaram os países a substitui-los por outras fontes de energia. O carvão mineral ocupa hoje a segunda posição, e o gás natural a terceira no consumo mundial de energia.
O carvão mineral é uma fonte de energia muito abundante, o que torna o substituto imediato do petróleo em situações de crise e aumento de preços. Mas, o carvão mineral acarreta prejuízos ambientais ao planeta, pois a estrutura molecular do carvão contém enorme quantidade de carbono e enxofre que, após a queima para a atmosfera na forma de gás carbônico, que agrava o efeito estufa, e o dióxido de enxofre, o grande responsável pela ocorrência da chuva ácida.
O carvão mineral, também é uma importante matéria-prima da industria de produtos químicos orgânicos, que produz piche, asfalto, plásticos, etc.
O gás natural, além de ser mais barato e facilmente transportável em condutores, apresenta uma queima quase limpa, que polui pouco a atmosfera se comparada a do carvão e a do petróleo. E sua queima libera uma boa quantidade de energia, que vem sendo utilizada, cada vez mais, nos transportes e na produção industrial.
ENERGIA ELÉTRICA
A energia elétrica é produzida principalmente em usinas, termelétricas e termonucleares. O que muda em cada uma, é a forma de girar um eixo e produzir energia mecânica, que será posteriormente transformada em eletricidade.
HIDRELÉTRICA
A energia hidrelétrica é gerada através de uma barragem feita em rio que apresenta, não necessariamente uma queda dágua, e sim de desníveis que possibilitem a instalação de uma barragem que forme uma represa e crie uma queda artificial. A energia potencial da barragem faz girar o eixo de uma turbina, gerando energia mecânica, que, posteriormente, é transformada em energia elétrica. Trata-se de uma forma limpa, barata e renovável de obtenção de energia, havendo imposto ambiental apenas na construção das barragens e no conseqüente represamento da água.
TERMELÉTRICA
Para se obter energia elétrica a partir da termeletricidade, aumenta-se os custos e o impacto ambiental, mas a construção de uma mina requer investimentos menores do que a de uma hidrelétrica. O que faz a turbina de usina termelétrica girar é a pressão do vapor de água obtido através da queima de carvão mineral ou petróleo. Sua vantagem em relação a hidrelétrica é que a localização da usina é determinada pelo homem e não pela topografia do terreno, o que possibilita sua instalação nas proximidades da área de consumo.
ENERGIA ATÔMICA
O que movimenta a turbina de uma usina nuclear é o vapor de água, que é gerado através da fissão de átomos de urânio em um reator.
As usinas nucleares são típicas de países desenvolvidos, já que o custo da instalação é elevado e a tecnologia incorporada ao processo é avançada.
Se ocorrer alguns acidentes com essas usinas, a radiatividade leva anos ou até mesmos séculos para se dissipar. Ainda outro problema, é o destino do lixo atômico.
Diversa outra forma de obtenção de energia elétrica vem sendo estudada por vários países, mas a sua produção e instalação ainda dependem da redução dos custos.
Economia do Japão
A economia do Japão é um florescente complexo de indústria, comércio, finanças, agricultura e todos os outros elementos de uma estrutura econômica moderna.
A economia da nação encontra-se em um avançado estágio de industrialização, suprida por um poderoso fluxo de informação e uma rede de transportes altamente desenvolvida. Um dos traços da economia japonesa é a importante contribuição da indústria e da prestação de serviços, tais como o transporte, do comércio por atacado e a varejo e dos bancos ao produto interno líquido do país, no qual os setores primários, como a agricultura e a pesca, têm hoje em dia uma quota menor. Outro traço é a importância relativa do comércio internacional na economia japonesa.
O Japão é um país isular, pouco dotado de recursos naturais e que sustenta uma população de mais de 120 milhões de habitantes em uma área relativamente pequena. Contudo, apesar dessas condições restritivas e da devastação de seu parque industrial durante a Segunda Guerra Mundial, o Japão conseguiu não apenas reconstruir sua economia, mas também tornar-se uma das principais nações industrializadas do mundo. Ao mesmo tempo, entretanto, o processo de rápida expansão industrial, junto com mudanças nas condições econômicas japonesas e internacionais ocorridas nos últimos anos, criou vários problemas econômicos que o país deve enfrentar hoje em dia.
Recuperação do Pós-Guerra
Durante alguns anos após a derrota japonesa na Segunda Guerra Mundial, a economia da nação ficou quase totalmente paralisada em virtude da destruição causada pela guerra, com uma séria escassez de alimentos, uma inflação descontrolada e um agressivo mercado negro. A nação perdeu todos os seus territórios de além-mar e a população ultrapassou a marca dos 80 milhões de habitantes, com o acréscimo de cerca de seis milhões de repatriados do exterior. Fábricas foram destruídas pelo fogo dos ataques aéreos. A demanda interna caíra com a cessação das encomendas militares e o comércio exterior era restrito pelas forças de ocupação. Mas o povo japonês começou a reconstruir a economia devastada pela guerra, auxiliado no início pela ajuda à reabilitação dos Estados Unidos. Em 1951, o Produto Nacional Bruto foi recuperado ao nível de 1934-36. O crescimento populacional inibiu a recuperação da renda per capita da nação, mas em 1954 esse indicador também recobrou o nível de 1934-36 em termos reais. O pessoal militar desmobilizado e os civis desconvocados juntaram-se ao mercado de trabalho proporcionando uma larga oferta de trabalhadores para a reconstrução econômica no início do período do pós-guerra.
Várias reformas sociais realizadas após a guerra ajudaram a moldar uma estrutura básica para o subseqüente desenvolvimento econômico. A desmilitarização do pós-guerra e a proibição de rearmamento estabelecidas pela nova Constituição eliminaram o pesado ônus provocado pelos gastos militares sobre os recursos econômicos da nação. A dissolução dos Zaibatsu (enormes monopólios empresariais) libertou as forças da livre concorrência, e a propriedade da terra cultivável foi redistribuída em grande quantidade entre os antigos arrendatários agricultores, dando-se a eles novos incentivos para a melhoria de seus lotes. Também foram removidos os obstáculos às atividades sindicais, tendo como resultado o fato de a segurança de emprego dos trabalhadores tornar-se mais protegida e abriu-se o caminho para o aumento constante dos níveis salariais.
Com o 'sistema de produção prioritária', deu-se ênfase ao aumento da produção do carvão e do aço, os dois principais focos do esforço industrial do país. A elevação da produção do aço estabeleceu a base para uma decolagem global da produção, caracterizando um impulso no investimento de capital, sustentado pela recuperação do consumo. Em seguida, a produção foi incrementada não apenas nas indústrias de base, tais como a do aço e dos produtos químicos, mas também em novas indústrias produtoras de vens de consumo, tais como as de aparelhos de televisão e de automóveis.